domingo, 25 de setembro de 2011

Bergson (3 de 3) en "La aventura del pensamiento"



Episodio del programa "La aventura del pensamiento",
de Fernando Savater,
dedicado al escritor y filósofo francés Henri Bergson (1859 - 1941).

Categoria:-Educação

Palavras-chave:Bergson- Élan vital-La aventura del pensamiento-Fernando Savater-5ynap515

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    Enviado por em 06/04/2010
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    Bergson (2 de 3) en "La aventura del pensamiento"




     Episodio del programa "La aventura del pensamiento", 
    de Fernando Savater, 
    dedicado al escritor y filósofo francés Henri Bergson (1859 - 1941).

    Categoria:Educação

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    Bergson (1 de 3) en "La aventura del pensamiento"



    Episodio del programa "La aventura del pensamiento",
    de Fernando Savater, 
    dedicado al escritor y filósofo francés Henri Bergson (1859 - 1941).

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    sexta-feira, 16 de setembro de 2011

    MESSULAM plays Mozart Fantasia in C minor K 475; Adagio, Andantino, Più ...


    Enviado por em 16/09/2011

    Miguel Angel Messulam opens his official web site.
    There you will find updated issues related to the musician. It works also as a tool to keep contact with the public.

    Sponsored by Celtrus Music Design International M. A. Messulalm's official web site opens to the public. The pianist is considered one of the greatest piano performers of contemporary times.

    If you browse through http://www.celtrus.com/miguelangelmessulam/en/index.php you will find information about the artist's background and comments about his characteristic performance. You can also click on the tabs to listen to segments from concerts, and learn about the latest news, recordings, performances, tours and master classes. The Contact Us tab will allow you to share with the artist your opininions and suggestions.

    terça-feira, 13 de setembro de 2011

    Mozart / Monique De La Bruchollerie, 1965: Piano Concerto No. 23 In A Ma...





    Enviado por em 12/09/2011

    Monique De La Bruchollerie (1915-1972) is soloist in this recording, which dates to the late 1950s, of the first movement of the Mozart piano concerto in A major. Bernhard Paumgartner leads the Camerata Academia of the Salzburg Mozarteum. Nonesuch, H-71072.

    Monique de La Bruchollerie (20 avril 1915 à Paris - 15 décembre 1972 à Paris) est une pianiste française. Née le 20 avril 1915 à Paris dans une famille de musiciens qui comptait déjà Boiëldieu et Messager, Monique de La Bruchollerie, entre à 11 ans, au Conservatoire National de Musique et de danse de Paris en 1926 en classe de Solfège, puis en Piano dans la classe d'Isidore Philipp d'où elle sortira avec un premier prix en 1931. En 1936, seule Française à être récompensée, elle reçoit le 3e prix au prix International de Vienne. En 1937 elle est également reçue seule femme et première lauréate française au concours Chopin de Varsovie. Enfin ce sera le concours Ysaÿe à Bruxelles où elle sera la comparse notamment d'Arturo Benedetti-Michelangeli, Moura Lympany et Emil Guillels. En 1941 Charles Münch l'engage en exclusivité avec l'Orchestre de la Société des Concerts du Conservatoire pour 3 années consécutives, chef avec lequel elle jouera très régulièrement par la suite. Elle parcourt le monde entier donnant des concerts toute sa vie jusqu'au 18 décembre 1966 où un accident de voiture en Roumanie la prive à jamais de ses mains de pianiste. Elle continue néanmoins son oeuvre musicale en formant des élèves au Conservatoire National de Musique de Paris, à l'Académie de Musique de Nice, ou chez elle. Elle crée au sein du Festival d'Aix-en-Provence "Une Heure Avec...", puis "les Grands Jeunes" pour que de jeunes espoirs musiciens puissent se faire connaître des mélomanes. Elle imagina un piano "incurvé" qui donnerait aux pianistes une plus grande préhension du clavier en position d'ergonomie amplifiée, et aux compositeurs une plus large palette de couleurs sonores gardant le son propre du piano en lui incluant les 1/4 de tons qui intéressa, entre autres Henri Dutilleux, Pierre Boulez... Ce projet finalement n'aboutira pas. Elle mourra à Paris le 15 décembre 1972 à Paris.

    Моника де ла Брюшольри (фр. Monique de la Bruchollerie; 20 апреля 1915, Париж — 16 января 1972, Бухарест) — французская пианистка и музыкальный педагог. Окончила Парижскую консерваторию у Изидора Филиппа, получив Премию Паже для лучшего выпускника за пять лет. Дальше училась у Альфреда Корто, Эмиля фон Зауэра в Вене и Рауля Кохальски в Берлине. Начала концертировать в 1932 г. В 1966 г. после перелома руки в результате автомобильной аварии вынуждена была оставить концертную деятельность, сосредоточившись на преподавании в Парижской консерватории. Среди учеников Де ла Брюшольри, в частности, Сиприан Катсарис.

    segunda-feira, 5 de setembro de 2011

    Wolfgang Amadeus Mozart The Magic Flute



    Tradução Google
    Quando ouvimos a palavra "Flauta Mágica" (Zauberflöte), certamente pensam sobre a música linda, escrito pelo maçom Mozart. Lembramos talvez cenas de palco e figurino. A importância primeira apresentação especial foi colocada sobre a prestação de roupas. Mr. Gayl foi a cena pintor, eo Sr. Neßthaler foi responsável pela decoração. Em 1791 encenador Schikaneder fez o texto para a ópera, assistido por Gieseke ator, ambos maçons. Naquela época de magia óperas eram moda, mas o toque maçônica, perceptível para os iniciados em muitos pontos, o texto dá uma nota especial, ainda hoje, especialmente no início do segundo ato. O filósofo Hegel apoiou o texto muitos caluniado do trabalho, quando disse:

    "Quantas vezes você pode ouvir por exemplo, a conversa fiada de que o texto da" Flauta Mágica "era muito miserável;. Porém esta peça desajeitada de trabalho pertence aos livros de ópera louvável Após alguma produção louca, fantástica e boba, Schikaneder tinha encontrado aqui o caminho certo O império da noite, a rainha, o império do sol, os mistérios, a iniciação, a sabedoria, o amor, os exames e, assim, uma espécie de moral medíocre que é excelente na sua generalidade -. tudo isso, com o profundidade da doçura encantadora e alma da música, amplia e preenche a fantasia e aquece o coração. "

    O dia da primeira apresentação, um livro sobre a ópera estava disponível. Este livro com uma edição cuidadosa do texto completo, foi fabricado em uma empresa líder de impressão de Viena casa que pertenceu ao maçom Ignaz Alberti (1760-1794). Em 1789 ele foi como um editor independente. Alberti escolhe para o texto uma impressão do tipo onde ele pode mudar quatro tamanhos de tipos dentro da frase: O maior deles para os nomes das pessoas, o segundo maior para os diálogos em prosa, um menor para as peças de canto e menor para o direções palco. Como ilustração Alberti adiciona duas gravuras. Um está no livro na frente da canção Papageno entrada e mostra a ave em seu captor-featherdress com uma gaiola nas costas.
    *

    When we hear the word "Magic Flute" (Zauberflöte), we certainly think about lovely music, written by the freemason Mozart. We remind perhaps stage scenes and costumes. At the first performance special importance was laid on the providing with clothes. Mr. Gayl was the scene-painter, and Mr. Neßthaler was responsible for decoration. In 1791 stage director Schikaneder made the text for the opera, assisted by actor Gieseke, both freemasons. At that time magic-operas were fashionable, but the masonic touch, perceptible for the initiated at many points, gives the text a special note even today, especially at the beginning of act two. The philosopher Hegel supported the many slandered text of the work when he said:

    "How often you can hear for instance the idle talk that the text of the "Magic Flute" was too miserable; however this clumsy piece of work belongs to the praiseworthy opera books. After some crazy, fantastic and silly production, Schikaneder here had found the right way. The empire of the night, the queen, the sun empire, the mysteries, the initiation, the wisdom, love, the examinations and thereby a sort of a mediocre moral which is excellent in its generality - all this, with the depth of the charming sweetness and soul of the music, widens and fills the fantasy and warms the heart."

    The day of the first performance, a book about the opera was available. This book with a careful editing of the complete text, was manufactured in a leading printing-house of Vienna which belonged to the freemason Ignaz Alberti (1760-1794). In 1789 he was independent as a publisher. Alberti chooses for the text a printing-type where he can change four sizes of types within the sentence: The biggest one for the names of the persons, the second biggest for the prose dialogues, a smaller one for the singing parts and the smallest for stage directions. As illustration Alberti adds two etchings. One is in the book in front of Papageno's entrance song and shows the bird-captor in his featherdress with a cage on his back.


    Enviado por em 31/01/2011


    sexta-feira, 2 de setembro de 2011

    NATUREZA DO TEMPO -BERGSON -2-3 "La aventura del pensamiento"


    Filosofia da Física Clássica
    Cap. IV
    20

    Natureza do Tempo
     
    Questão:
    Qual a natureza do tempo?

    1. Tempo Físico precede o Tempo Subjetivo?
    Para os físicos, o tempo é geralmente considerado uma grandeza real do mundo físico, que existe de maneira independente de sujeitos conscientes. Trata-se de uma concepção realista do tempo. Mesmo no debate a respeito de se o espaço e o tempo são absolutos, anteriores à matéria, ou relativos, dependendo da relação entre os corpos materiais, a maioria dos físicos parece pressupor que a resposta a essa questão independeria da presença de seres inteligentes no Universo. Nesse sentido, trata-se de uma concepção realista a respeito do espaço e do tempo (sobre o realismo vs. fenomenalismo, ver seção II.1). Tal concepção pode ser chamada de perspectiva naturalista do tempo, segundo a qual o tempo físico existiu antes da evolução do ser humano, e portanto é distinto e anterior ao tempo psicológico.

    No contexto filosófico, porém, é bastante difundida a noção de que o tempo depende do sujeito do conhecimento. Um exemplo clássico desta concepção é a epistemologia de Immanuel Kant. Para ele, tempo e espaço seriam “formas da sensibilidade”, seriam a maneira que o sujeito formata, organiza ou constroi os dados dos sentidos.

    Filosofias de cunho fenomenalista, para as quais não se pode separar a realidade daquilo que observamos ou daquilo sobre o qual temos experiência, tendem a dar prioridade epistemológica ao tempo psicológico, pois é a este que temos acesso primordial. O tempo físico seria apenas uma construção teórica, científica, que pressupõe a presença de um sujeito e de sua vivência do tempo. Esta concepção aparece de maneira clara no filósofo francês Henri Bergson. Em suma, para esta perspectiva do sujeito, o tempo é conforme as nossas intuições, e rejeita-se a tese de que o tempo físico, que aparece em teorias físicas como a teoria da relatividade restrita, seja anterior e mais fundamental do que o tempo psicológico ou o tempo do sujeito transcendental.

    2. O Tempo é Absoluto ou Relativo?
    No seu Principia, Isaac Newton definiu da seguinte maneira sua concepção de tempo absoluto:

    O tempo absoluto, real e matemático, por si só e por sua natureza, flui uniformemente, sem relação com qualquer coisa externa, e recebe também o nome de duração. O tempo-relativo, aparente e comum é uma medida sensível e externa (precisa ou desigual) da duração, que é obtida por meio de movimento, e que é normalmente usada no lugar do tempo verdadeiro, tal como uma hora, um dia, um mês, um ano.

    A concepção newtoniana de que há um tempo independente da matéria, que flui por si mesmo independente do movimento dos corpos, tem sido bastante criticada: afinal, o que significaria dizer que o tempo “flui uniformemente”? Se ele não fluísse uniformemente, como saberíamos?
     
    A concepção contrária, relacionista, de que não há tempo absoluto, já está presente no romano Lucrécio (Da natureza, I, 460-5), e foi defendida com vigor por Leibniz, em sua crítica à concepção de Newton:
    Quanto a mim, deixei assentado mais de uma vez que, a meu ver, o espaço é algo puramente relativo, como o tempo; a saber, na ordem das coexistências, como o tempo na ordem das sucessões.32

    Na concepção relacionista, o tempo surge a partir do movimento das coisas, sendo assim uma relação entre as coisas e não algo independente das coisas materiais (ou espirituais).

    3. O Tempo é Denso ou Discreto?

    Qual é a estrutura microscópica do tempo? A física clássica representa a dimensão temporal por meio de números reais, mas será que se pode afirmar que o tempo tenha realmente a estrutura dos números reais? (Ver a discussão das seções III.5 e 6.) Pode-se argumentar que, empiricamente (ou seja, por meio de experimentos e observações), não se pode distinguir a estrutura dos números reais daquela dos números racionais, ambas as quais são “densas”. Mas talvez fosse possível distinguir uma estrutura temporal densa de uma estrutura discreta, representável pelos números inteiros. 

    Vimos que a gravitação quântica em laço defende que o tempo é discretizado nas unidades do tempo de Planck, da ordem de 10–43 segundos (seções I.5 e 6). Tal unidade de tempo é conhecida como "crônon”, e foi bastante discutida entre as duas guerras mundiais, com estimativas não menores do que 10–24 segundos. Dentre as diversas teorias do crônon, algumas atribuem ao próprio tempo uma estrutura discretizada, ao passo que outras consideram que o tempo é contínuo ou pelo menos denso, e que são os eventos que só podem ocorrer a intervalos discretos de tempo.

    A discussão sobre se o tempo tem uma estrutura matemática densa ou discreta se dá, naturalmente, no contexto do realismo (de inobserváveis). Abordagens mais fenomenalistas podem não atribuir significado a essa discussão, e inclusive negar que o tempo seja matematizável. Dois filósofos que criticaram a noção clássica de tempo foram Henri Bergson
     
    Alfred Whitehead. Bergson criticou a “espacialização do tempo” empreendido pela física clássica, ao descrever o tempo como um contínuo que possuiria a estrutura matemática do espaço. Para ele, o tempo tem um aspecto de vir-a-ser, de devir, de abertura para o futuro, que é perdido ao se impor nele uma espacialização. Ao invés de instantes infinitesimais, haveria uma “duração” finita, irredutível a instantes, e sem limites bem definidos. Whitehead concordava com essa concepção, e falava na “passagem da natureza” em sua filosofia de processos. Semelhante concepção foi retomada mais recentemente pelo fisico-químico Ilya

    4. A Estrutura Macroscópica do Tempo
    Qual é a estrutura do tempo em grande escala? Ele seria linear, como é pressuposto na física clássica (Fig. IV.1a), com eventos que se ordenam em uma série única, sem início ou fim? Neste caso, para quaisquer dois eventos A e B, apenas uma das alternativas pode ser verdadeira: ou eles são simultâneos, ou A é temporalmente anterior a B, ou B é anterior a  representa-se um tempo linear com um início, mas se um fim.

    A teoria da relatividade alterou esse quadro linear simples, pois pode-se considerar que são distintos os tempos próprios de dois observadores em diferentes referenciais de movimento (como no paradoxo dos gêmeos). 
     . Aqui, novamente, é preciso distinguir a concepção de que o próprio tempo (considerado real e absoluto) seja cíclico, da concepção de que o tempo absoluto é linear mas o estado do mundo material passa por ciclos e retorna a estados anteriores. Numa concepção estritamente relacionista do tempo, o retorno exato de um estado do mundo material seria equivalente a um ciclo do próprio tempo.

    Concepções de tempo cíclico eram comuns nas cosmologias da Antiguidade. A visão de que o tempo é linear e eterno, mas que há recorrência do estado do Universo, está presente na tese do “eterno retorno” do filósofo Friedrich Nietzsche (1881). Segundo seu raciocínio, se a matéria ou a energia do universo for finita, e se ela se distribui por um número finito de pontos, então é inevitável que mais cedo ou mais tarde este estado se repetirá, dado a finitude da matéria e o fato de o tempo ser infinito. Semelhante raciocínio foi feito no contexto da física teórica por Henri Poincaré (1889), no seu teorema da recorrência, que exploraremos mais para frente.

    Outra concepção a respeito da estrutura de grande escala do tempo leva em conta a assimetria entre o passado e o futuro. O passado e o presente são únicos, mas o futuro seria aberto, de forma o tempo poderia ser representado como uma árvore, em uma estrutura de tempo ramificada (Fig. IV.1d). Nesta concepção, o presente seria como um zíper que vai fechando o futuro, transformando paulatinamente os diversos mundos possíveis do futuro em
    um presente e passado únicos.

    34 BERGSON, H. (2006), Duração e simultaneidade, trad. C. Berliner, Martins Fontes, São Paulo, cap. III (orig. em francês: 1922). Sua concepção é discutida com simpatia por CAPEC (1965), op. cit. (nota anterior), pp. 229- A nova aliança: metamorfose da ciência, Ed. UnB, Brasília.

    Figura IV.1: Representação
    esquemática de diferentes
    estruturas macroscópicas do
    tempo: (a) tempo linear infinito;
    (b) tempo linear com um início;
    (c) tempo cíclico; (d) tempo
    ramificado, com futuro aberto.

    5. Lógica Temporal
    Uma maneira elegante de exprimir a estrutura macroscópica do tempo é por meio da chamada lógica temporal, desenvolvida a partir do trabalho do lógico neozelandês Arthur Prior (1967). Consideremos qualquer proposição j: ela pode ser verdadeira (V) ou falsa (F), mas isso dependerá do instante de tempo t considerado.

    Definem-se quatro operadores de tempo, que são os seguintes36:
    ‘Fj’ ‘em algum tempo no futuro, é o caso que j’.
    ‘Pj’ ‘em algum tempo no passado, é o caso que j’.
    ‘Gj’ ‘para todo tempo no futuro, é o caso que j’.
    ‘Hj’ ‘para todo tempo no passado, é o caso que j’.
    Podem-se enunciar dois axiomas de uma lógica temporal mínima:
    (1) j ® GPj
    (2) j ® HFj

    Se j for a proposição “o vulcão Eyjafjallajokull está ativo” [êia-fiát-la-io-kutl], então o axioma (1) diz que se o vulcão Eyjafjallajokull está ativo agora, então para todo o futuro ele terá estado ativo. Ou seja, para todo instante do futuro t”, é verdade que em algum instante do passado de t” ele esteve ativo. E analogamente para o axioma (2): se o vulcão está ativo agora, então para todo o passado ele seria ativo, ou seja, para todo instante do passado t’, é verdade que em algum instante do futuro de t’ ele estaria ativo.

    Tais axiomas são intuitivos, e descrevem bem as propriedades do tempo linear das Fig. IV.1a e 1b (se o tempo teve um início no instante 0, não haverá instantes do passado em relação a este instante, mas isso não invalida os axiomas).

    No entanto, na estrutura de tempo cíclico da Fig.IV.1c, podem-se adicionar dois outros axiomas, que não são válidos para o tempo linear: j ® Fj , e j ® Pj . Ou seja, se o vulcão

    Eyjafjallajokull está ativo hoje, ele estará ativo em algum instante do futuro (pois há eterno retorno) e esteve ativo em algum instante do passado.

    Para o tempo ramificado da Fig. IV.1d, os dois axiomas (1) e (2) continuam válidos, mas é possível fazer a distinção entre esta estrutura e a do tempo linear considerando dois outros axiomas válidos para o tempo linear (e cíclico):
    (3) Fj « ¬G¬j
    (4) Pj « ¬H¬j

    O axioma (3) diz que se uma proposição, como “o vulcão Eyjafjallajokull está ativo”, for verdade em algum tempo futuro, então é falso que para todo tempo futuro ele estará inativo. O axioma (4) é o análogo para o passado. Uma versão do tempo ramificado pode ser expressa abandonando o axioma (3): em nosso exemplo, pode haver um ramo futuro em que o vulcão islandês explode (Fj), e outro em que permanece para sempre inativo (G¬j).
    A estrutura microscópica densa do tempo também pode ser expressa por um par de axiomas: (5) Fj ® FFj  (6) Pj ® PPj

    O axioma (5) diz que se uma proposição for verdadeira em um instante futuro t”, então há um instante futuro t’ anterior a t”, em relação ao qual a proposição é verdadeira no seu futuro. Em uma estrutura temporal discreta, esses axiomas serão inválidos.

    6. Eternalismo
    Em seu artigo sobre a irrealidade do tempo, que examinaremos na seção IV.8,
    McTaggart (1908) começa apresentando duas afirmações temporais a respeito dos eventos do mundo:
    Série A: Um evento é passado, presente ou futuro.
    Série B: Um evento é mais cedo, simultâneo, ou mais tarde do que outro evento.

    Ambas essas séries são geralmente atribuídas ao tempo, mas há visões metafísicas que priorizam uma delas em detrimento da outra.37
    Comecemos pela eternalismo, que é a concepção que prioriza a relação de
    antecedência temporal entre eventos, ou seja, a série B. Nesta visão, passado, presente e futuro estão em pé de igualdade: a única diferença é que “estamos no presente”, da mesma maneira em que “estamos no Brasil”, e não na Islândia. O fato de estarmos no Brasil não implica que a Islândia tenha um estatuto existencial menor. 

    De maneira análoga, o fato de o vulcão Eyjafjallajokull estar ativo hoje não implica que a erupção de Krakatoa, em 1883, tenha um estatuto existencial menor (uma tese razoavelmente consensual), ou que a erupção do supervulcão em Yellowstone em alguma data futura seja menos real (uma tese menos consensual do que a anterior, mas defendida pelo eternalismo). Todos os três casos teriam igual realidade. 

    Claro está que não sabemos exatamente quando será a erupção do supervulção, mas também não sabemos exatamente onde está localizado o maior satélite da 37 Seguimos aqui o texto ilustrado de CALLENDER, C. & EDNEY, R. (2004), Introducing time, Icon Books, Cambridge (Ingl.), pp. 33-51. Uma boa introdução às questões da mudança e do tempo encontra-se em: LOUX (2002), op. cit. (nota 26), cap. 6. FLF0472 Filosofia da Física (USP - 2011) Cap. IV: Natureza do Tempo estrela Sírio: em ambos os casos, nosso desconhecimento surgiria apenas do fato de estarmos “aqui” e “agora”, e não alhures ou outrora.

    O eternalismo, então, aceita que a série B reflita a realidade, enquanto a série A surgiria apenas da perspectiva sob a qual vemos o mundo. Esta teoria leva adiante a “espacialização do tempo” mencionada na seção IV.3, e está comprometida com alguma forma de determinismo (que discutiremos em capítulo posterior). Passado, presente e futuro teriam estatuto ontológico semelhante, sugerindo que o espaço-tempo quadridimensional possa ser encarado como uma entidade única, dada de uma só vez: assim, esta concepção é às vezes chamada de “universo em bloco”, termo cunhado por William James em 1882 para o universo estritamente determinista. A concepção do universo em bloco é adotada por muitos cosmólogos que trabalham com a teoria da relatividade geral e com a noção de espaço-tempo curvo. Nas palavras de Hermann Weyl (1949):

    O mundo objetivo simplesmente é, ele não acontece. É apenas para a contemplação da minha consciência, rastejando para cima ao longo da linha-da-vida de meu corpo, que uma seção do mundo vem à vida como uma fugaz imagem no espaço, continuamente mudando com o tempo.38

    O eternalismo traz um enfoque 
    interessante para o “problema da mudança”. 

    Este é o problema de explicar como uma coisa pode mudar suas propriedades e ao mesmo tempo manter sua identidade. Por exemplo, o navio de Teseu ficou atracado em um dos portos de Atenas durante anos, e aos poucos suas partes foram sendo trocadas, uma a uma. Ao final, perguntou Plutarco, tratar-se-ia do “mesmo” navio ou teríamos um “outro” navio? No caso de um ser humano, temos o hábito de atribuir uma identidade a uma pessoa, mesmo que ela se altere de maneira radical com o passar dos anos. Haveria alguma essência imutável que se mantém com o passar do tempo, de forma que possamos identificar a pessoa? Ou a atribuição de identidade é apenas de uma convenção, ligada a uma história de vida particular?

    Figura IV.2. Representação grosseira da vida de uma pessoa, que muda de posição espacial (r) ao longo do tempo (t), entre seu nascimento e morte. O perdurantismo considera que uma pessoa, como Albert, deve ser encarada como um objeto quadridimensional, resultando numa figura que lembra uma minhoca em três dimensões.

    A solução do eternalismo é considerar que a “coisa” que muda com o tempo seria, na verdade, uma objeto quadridimensional imutável. Uma pessoa que chamamos de Albert, por exemplo, seria na verdade uma “minhoca” quadridimensional, como a da Fig. IV.2. FLF0472 Filosofia da Física (USP - 2011) Cap. IV: Natureza do Tempo observamos em 1905 é uma fatia ou parte da minhoca-Albert, ao passo que em 1935 temos outra parte da minhoca-Albert. 

    A questão de explicar a mudança de Albert entre 1905 e 1935 seria, em princípio, tão trivial quanto explicar porque o jequitibá-rosa tridimensional de Santa Rita do Passa Quatro tem madeira no tronco e folhas na copa: são simplesmente partes diferentes de uma mesma coisa (um mesmo “particular concreto”). Esta teoria das partes temporais recebe o nome de “perdurantismo”. Ela se contrapõe à visão “durantista” (ou “continuantista”), que concebe um particular concreto como existindo em um momento do tempo, e defende que em um tempo posterior essa coisa mantém sua identidade (teríamos o mesmo Albert), mesmo que suas propriedades se alterem.

    7. Modalidades temporais (tenses)
    O eternalismo coloca em segundo plano a série A, que descreve passado, presente e futuro; a concepção que a coloca no mesmo pé de igualdade (ou a considera mais importante) que a série B é chamada em inglês de tensed theory of time, que poderíamos traduzir por teoria dos “tempos verbais” (tenses) (o que tem mais de um significado em português) ou das “modalidades temporais”, distinguindo passado, presente e futuro.
    Esta concepção se afasta da espacialização do tempo, salientando que o tempo escoa ou vem-a-ser, de maneira assimétrica (do passado para o futuro), diferindo de maneira fundamental do espaço (ver seção IV.3).

    O ponto central 
    é que o futuro não existe, 
    é irreal, ou  é aberto. 

    Obviamente, há uma maneira muito simples de exprimir isso, que é dizer que o futuro “não existe ainda, mas existirá”. A teoria dos modos temporais de Prior (cuja lógica temporal exploramos na seção IV.5) leva ao pé da letra os tempos verbais dos verbos: é falso dizer que o passado ou o futuro existem, só “existe” o presente; mas o passado “existiu”, e o futuro “existirá”.39 A visão que salienta que só o presente existe (qualquer que seja o significado disso) é conhecida como presentismo.

    A concepção mais tradicional, dentro das teorias das modalidades temporais, é
    exemplificada pela proposta de C.D. Broad (1933), em resposta a McTaggart. Nesta visão, passado e presente existem e são inalteráveis, ao passo que o futuro é aberto, “fechando-se” à medida que o “zíper” do presente se desloca no tempo (ver Fig.IV.1d).

    8. O Argumento de McTaggart da Irrealidade do Tempo
    (a ser completado)

    9. A Questão do Início do Tempo
    (a ser completado)

    39 Este é um interessante exemplo de como, às vezes, a metafísica acaba tendo que entregar a tocha do significado para a semântica, e não consegue ir além das invenções linguísticas consagradas pela história da
    humanidade. Outro exemplo disso se refere à existência de mundos possíveis: eles existem? É melhor se conformar em dizer que “eles poderiam ter existido”, reconhecer que esta questão é opaca à análise metafísica, e
    partir para outros assuntos.
    http://www.fflch.usp.br/df/opessoa/FiFi-11-Cap04.pdf
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