SALA SÃO PAULO - CONCERTODIGITAL. FLV
Enviado por cultura em 17/03/2012
Maravilha de prédio
arcos, flores,gente apressada
- para navegar na música.
A Sala São Paulo
rege festa encomendada
- supera em beleza.
Terra Brasilis-Fantasy
Hino nascido da gente
- Viva a linda Clarisse Assad!
Sábado dos sábados
em tempo de guerra e de paz
- bela temporada.
E para coroar a festa
"Musica em tempo de Paz"
- só podia ser Mozart!
OSESP
QUANDO hoje e sex., às 21hs, sáb., às 16h30; dom., às 11h
ONDE Sala São Paulo (pça. Júlio Prestes, 16; tel. 0/xx/11/3223-3966); no dom., no parque da Independência (r. dos Patriotas, s/nº)
QUANTO R$ 26 a R$ 149; grátis no domingo
CLASSIFICAÇÃO sete anos; livre no domingo
arcos, flores,gente apressada
- para navegar na música.
A Sala São Paulo
rege festa encomendada
- supera em beleza.
Terra Brasilis-Fantasy
Hino nascido da gente
- Viva a linda Clarisse Assad!
Sábado dos sábados
em tempo de guerra e de paz
- bela temporada.
E para coroar a festa
"Musica em tempo de Paz"
- só podia ser Mozart!
Osesp transmite concerto com Marin Alsop ao vivo pela internet
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DE SÃO PAULO
Tendo à frente Marin Alsop, considerada a melhor maestrina da atualidade, a Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo) estreia hoje sua temporada de 2012 pensando grande.
Alsop conciliará sua atividade como regente titular da Osesp com o posto de diretora musical da Sinfônica de Baltimore, uma das dez melhores orquestras dos EUA.
A informação é de Morris Kachani publicada na edição desta quinta-feira da Folha (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha).
O concerto de estreia será transmitido ao vivo, direto da Sala de São Paulo, pela internet no sábado (10), às 16h30.
Gabo Morales/Folhapress | ||||
Marin Alsop em ensaio com a Osesp em São Paulo |
Substituindo o francês Yan Pascal Tortelier, conduzirá a Osesp por 12 semanas neste ano, em uma programação com recortes ousados para quem tem ainda pouca familiaridade com a música erudita brasileira: obras de Camargo Guarnieri e Villa- Lobos (com Nelson Freire como solista) estarão sob sua batuta.
"A Osesp é uma das principais orquestras emergentes da atualidade. A vinda de Alsop a coloca imediatamente no mapa da música erudita internacional. É um casamento promissor", diz James Jolly, editor da revista "Gramophone", que, com outros cinco jornalistas estrangeiros, veio ao Brasil conferir a estreia.
QUANDO hoje e sex., às 21hs, sáb., às 16h30; dom., às 11h
ONDE Sala São Paulo (pça. Júlio Prestes, 16; tel. 0/xx/11/3223-3966); no dom., no parque da Independência (r. dos Patriotas, s/nº)
QUANTO R$ 26 a R$ 149; grátis no domingo
CLASSIFICAÇÃO sete anos; livre no domingo
Marin Alsop mescla equilíbrio e sensibilidade em sua estreia na Osesp
Norte-americana foi aplaudida de pé
na abertura da temporada 2012
09 de março de 2012 | 20h 09
João Marcos Coelho/Especial para o 'Estado'
Alessandra Fratus/Divulgação
Não poderia ter sido melhor
a estreia de Marin Alsop como titular da Osesp,
ontem, diante de uma Sala São Paulo lotada,
na abertura da temporada 2012.
Ela arriscou um agradecimento em português, no final, com o público de pé aplaudindo freneticamente a empenhada execução da Sinfonia n.º 5 de Dmitri Shostakovich.
É difícil ouvi-la sem evocar as circunstâncias de sua composição, em 1937, apesar da sábia recomendação de Alsop ao Estado de que devemos ouvir a música de Shostakovich em si.
Tarefa difícil, ela mesmo reconhece, porque os fatos que envolveram a vida do compositor na antiga URSS estão próximos de nós. Ele era um poço de contradições: leal com os amigos, era desonesto em relação aos próprios princípios; tinha enorme respeito pelas palavras, mas assinou várias vezes documentos que jamais leu.
Em suma,
um modernista que desprezava
“oficialmente” o modernismo.
Com relação à União Soviética, amava-a e ao mesmo tempo a odiava. Ora se beneficiava do regime, ora era sua vítima preferencial.
Tentei, então, fazer um esforço para esquecer tudo isso, e também que a quinta sinfonia representou um recuo em relação à quarta (composta em 1936, só estreou bem depois da morte de Stalin, em 1961). E, ainda, que embute mensagens cifradas de resistência ao regime e solidariedade a amigos músicos presos e executados.
Musicalmente, a Quinta é um monumento, construído em quatro movimentos em cerca de 50 minutos. Desde as angustiadas notas pontuadas do tema inicial nas cordas, Alsop mostrou que tinha a orquestra nas mãos (os músicos elogiaram, nos últimos dias, suas qualidades de ‘ensaiadora’).
Embora o Moderato inicial de proporções mahlerianas se imponha como pórtico de imensas massas sonoras, foi nos detalhes que Alsop demonstrou ter amadurecido uma leitura refinada da sinfonia com seus músicos da Osesp.
Conseguiu o tom exato no allegretto,
um curto scherzo que mistura alegria exterior
com travos amargos, ironia e sátira.
Mas, sem dúvida, o clímax desta interpretação modelar ficou com o Largo, também evocando Mahler, um dos ídolos do compositor russo: cerca de 15 minutos de música em que predomina o pianíssimo. Foi um daqueles momentos memoráveis, mágicos, em que o pianíssimo não afrouxa; ao contrário, mantém a tensão sem jamais confundi-la com aumento de volume sonoro.
A explosão final do Allegro non troppo convocou, como no moderato inicial, uma participação decisiva das madeiras e metais, ambos em grande forma. Melhor, impossível.
Na primeira parte,
estreou Terra Brasilis, terceira encomenda da Osesp
a compositores de uma obra curta em torno do nosso Hino.
Desta vez, a convocada foi
Clarice Assad.
Uma inesperada surpresa, sem dúvida a melhor até agora. Clarice define a obra como um “curta-metragem”; parece uma inteligente colagem, com algumas tinturas vanguardistas. Ficou engraçada a inserção da melodia do hino num clima de concerto para piano mozartiano.
No fundo,
estas peças encomendadas
são puros “scherzi”, só brincadeirinha.
Confesso que sinto falta de,
na abertura de cada temporada,
o público ter a chance rara de participar cantando
o Hino na sua forma original.
O pianista francês David Fray solou o Concerto n.º 22 de Mozart, K. 482. Entre os 27, não é dos mais conhecidos, mas soa como uma verdadeira gema, escolha acertada. Não ouvi o CD no qual ele toca este mesmo concerto com as cadências do lendário pianista Edwin Fischer, mas como elas saltaram deliciosamente fora do universo mozartiano, creio que ele as usou anteontem, no primeiro e no terceiro movimentos.
Tocante tributo
a um maravilhoso pianista
da primeira metade do século 20
e um saudável atrevimento.
Isso torna mais viva a performance. Virtuosístico no allegro inicial, refinado no andante central e exultante no rondó final, Fray brilhou intensamente, secundado por uma massa orquestral que raras vezes saltou um bocadinho acima do volume correto.
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