quinta-feira, 16 de maio de 2013

CONSCIÊNCIA - INTUIÇÃO E SUPERCONSCIÊNCIA


 Bach e o Legado Luterano -
Música sacra da Antiguidade - jan/2013 - 60m

“Depois disto, 
ouvi a voz do Senhor, que dizia:
 A quem enviarei, e quem há de ir por nós? 
Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim”
  (Is 6:8)

Comunhão, consciência e intuição

O ser humano é constituído de três partes: corpo, alma e espírito (1 Ts 5:23). O corpo foi formado do pó da terra; o espírito humano foi formado quando Deus soprou nele o fôlego de vida e o homem tornou-se alma vivente (Gn 2:7). A alma humana, que é sua pessoa, sua personalidade, tem três partes: mente, emoção e vontade. O espírito humano foi criado como um recipiente para conter o Espírito de Deus e também possui três partes: consciência, comunhão e intuição. A consciência tem a função de dizer ao homem o que é bom e o que é mau, o que é certo e o que é errado, o que agrada e o que desagrada a Deus. Podemos assim dizer que sua função é levar a alma até Deus, isto é, levar nossa mente, emoção e vontade à Sua presença. 

A consciência
 é a parte do nosso espírito 
que o liga à alma, para que as três partes da alma 
sejam totalmente direcionadas por Deus. 

Temos também no espírito humano uma parte que podemos chamar de comunhão. A comunhão se refere a ter comunicação com Deus; é algo distinto da oração. Muitas vezes, quando vamos orar temos uma lista de pedidos. A verdadeira comunhão com Deus, porém, é achegar-nos a Ele como um papel em branco para que Ele escreva em nós: “Senhor, que queres? Que desejas falar com o povo? Qual é a revelação que tens para nos dar?”. Essa é a função da comunhão. 

Além de aprender a orar no espírito, precisamos aprender a nos aquietar no espírito. Quando o Senhor perguntou: “A quem enviarei, e quem há de ir por nós?”, Isaías respondeu: “Eis-me aqui, envia-me a mim”, porque estava na presença do Senhor. Se naquele dia Deus quisesse enviar alguém e não tivesse Isaías em Sua presença, a quem Ele enviaria? Por isso, se queremos falar por Deus e ter o ministério da Palavra, façamos o possível para ter comunhão com Deus, despender mais tempo em Sua presença, porque nesse momento pode vir Dele uma intuição a nós. Intuição é a terceira parte do espírito humano, onde Deus coloca Seu sentimento. 

Nossa experiência agora já não é como no Antigo Testamento, quando Ele aparecia e dizia aos homens o que fazer ou falar. No Novo Testamento, Deus nos fala por meio da intuição, um sentimento em nosso espírito que ainda não tínhamos no pensamento. Em seguida, devemos apresentar em oração o sentimento que recebemos de Deus na intuição, até termos total clareza acerca do que Ele quer falar conosco. 

Esse é o princípio que a Bíblia nos mostra e tem sido a nossa experiência. Portanto, o ponto principal, como já dissemos, é intensificar nossa comunhão com o Senhor

Ponto-chave:  Achegar-se ao Senhor como um papel em branco 
Pergunta:  Por que Isaías pôde ser enviado?
  Intuição

    Desenvolvimento
A intuição é o conjunto de conhecimentos próprios adquiridos ao largo das múltiplas experiências do Ser, que lhe aflora à mente espontaneamente, sem necessidade de ninguém lhe transmitir nada, pois que tais conhecimentos pertencem ao seu universo peculiar e subjetivo de conhecimentos.

INTUIÇÃO - ponte de ligação entre a mente e o intelecto, ou seja, entre a individualidade e a personalidade.


        Intuição [do latim intueri + ção]

    1. Ato de ver, perceber, discernir de forma clara ou imediata.

    2. Ato ou capacidade de pressentir.

    3. Percepção na sua plenitude de uma verdade que normalmente não se chega por meio da razão ou do conhecimento discursivo ou analítico.

        Intuição [do latim intueri= intuir + ção]

    1. Contemplação pela qual se atinge em toda a sua plenitude uma verdade de ordem diversa daquelas que se atingem por meio da razão ou do conhecimento discursivo ou analítico.   l

          Não vos espanteis com esta incompreensível intuição. Começai por não negá-la e ela aparecerá. O grande conceito que a ciência afirmou (embora de forma incompleta e com conseqüências erradas), a evolução, não é uma quimera e estimula vosso sistema_nervoso para uma sensibilidade cada vez mais delicada, que constitui o prelúdio dessa intuição. Assim se manifestará e aparecerá em vós essa psique_mais_profunda, por lei natural de evolução, por fatal maturação que está próxima. Deixareis de lado, para uso da vida prática, vossa psique_exterior_e_de_superfície, a razão, pois só com a psique interior que está na profundeza de vosso ser, podereis compreender a realidade mais verdadeira, que se encontra na profundeza das coisas. Esta é a única estrada que conduz ao conhecimento do Absoluto.

    Só entre semelhantes é possível a comunicação;

    para compreender o mistério que existe nas coisas deveis saber descer no mistério que está em vós.

          Não ignorais isto totalmente; olhais admirados tantas coisas que afloram de vossa consciência mais profunda, sem poderdes descobrir as origens:

    instintos,

    tendências,

    atrações,

    repulsas,

    intuições.

        Daí nascem irresistíveis todas as maiores afirmações de vossa personalidade. Aí está o vosso verdadeiro e eterno Eu. Não o Eu exterior, aquele que sentes mais quando estais no corpo, aquele Eu que é filho da matéria e que morre com ela. Esse Eu exterior, essa consciência_clara, expande-se no contínuo evolver da vida, aprofunda-se para aquela consciência_latente que tende a vir à tona e a revelar-se.

        Os dois pólos do ser — consciência exterior clara  e  consciência interior latente — tendem a fundir-se.

        A consciência clara experimenta, assimila, imerge na latente os produtos assimilados através do movimento da vida — destilação de valores, automatismos, que constituirão os instintos do futuro. Assim expande-se a personalidade com essas incessantes trocas e se realiza o grande objetivo da vida. Quando a consciência latente tiver se tornado clara e o Eu tiver pleno conhecimento de si mesmo, o homem terá vencido a morte.

          O estudo das ciências psíquicas é o mais importante que podeis hoje fazer. O novo instrumento de pesquisa que deveis desenvolver e se está desenvolvendo, naturalmente, é a consciência latente. Já olhastes bastante para fora de vós. Agora resolvei o problema de vós mesmos e tereis resolvido todos os outros problemas. Habituai aos poucos vosso pensamento a seguir esta nova ordem de ideias. Se souberdes transferir o centro de vossa personalidade para essas camadas_profundas, sentireis revelar-se em vós novos sentidos, uma percepção anímica, uma faculdade de visão direta; esta é a intuição da qual vos falei. Purificai-vos moralmente e refinai a sensibilidade do instrumento de pesquisa, que sois vós, e só então podereis ver.

          Aqueles que absolutamente não sentem essas coisas, os imaturos, ponham-se de lado; torneiem-se até chafurdarem-se na lama de suas baixas aspirações e não peçam o conhecimento, precioso prêmio concedido apenas a quem duramente o mereceu.

[63 - A GRANDE SÍNTESE - Intuição]

        Tangidos pela necessidade, na sede de ciência ou na angústia do amor que transpõe abismos, vencestes pesadas fronteiras_vibratórias, encontrando-vos na estaca zero do caminho diferente que se vos antolha. Enquanto vossa organização_fisiológica repousa a distância (durante o sono), exercitando-se para a morte, vossas almas quase_libertas partilham com os espíritos a fraternidade e a esperança, adestrando faculdades e sentimentos para a verdadeira vida.

        Naturalmente, não podereis guardar plena recordação desta hora, em retomando o envoltório carnal, em virtude da deficiência do cérebro, incapaz de suportar a carga de duas vidas simultâneas; a lembrança dos entendimento persistirá, contudo, no_fundo_de_vosso_ser, orientando-vos as tendências superiores para o terreno da elevação e abrindo-vos a porta intuitiva para que vos assista o pensamento fraternal dos espíritos orientadores. [25 - página 24]  -- A preleção de Eusébio

Informações passadas pelo Instrutor de André Luiz a um encarnado, durante o sono

        Amanhã — informou o Instrutor — te erguerás do leito sem a lembrança integral do nosso entendimento de agora, porque o cérebro_de_carne é um instrumento delicado, incapaz de suportar a carga de duas vidas, mas ideias novas surgir-te-ão formosas e claras, com respeito ao bem que necessitas praticar. A intuição, contudo, que é o disco milagroso da consciência, funcionará livremente, retransmitindo-te as sugestões desta hora de luz e paz, qual canteiro de bênçãos ofertando-te flores perfumosas e espontâneas. Chegado esse momento, não permitas que o cálculo te abafe o impulso das boas obras. No coração hesitante, o raciocínio vulgar luta contra o sentimento renovador, turvando-lhe a corrente límpida, com o receio de ingratidão ou com ruinosa obediência aos preconceitos estabelecidos.

[96 - págna 173] - André Luiz
 RESPONSABILIDADE E CONSCIÊNCIA

        À medida que a responsabilidade se lhe apossou do espírito, iluminou-se a consciência do homem.

        A centelha da razão convertera-se em chama divina.

        A inteligência humana entendeu a grandeza do Universo e compreendeu a própria humildade, reconhecendo em suas entranhas a ideia inalienável de Deus.

        Conduzindo-se, então, de modo racional, experimentou profundas transformações.

        Percebe, nesse despertamento, que,  além das operações vulgares da nutrição e da reprodução, da vigília e do repouso,

    estímulos interiores, inelutáveis, trabalham-lhe o âmago do ser, plasmando-lhe o caráter e o senso_moral, em que a intuição se amplia segundo as aquisições de conhecimento e em que a afetividade se converte em amor, com capacidade de sacrifício, atingindo a renúncia completa.

        Até à época recuada do paleolítico, interferiram as Inteligências Divinas para que se lhe estruturasse o veículo físico, dotando-a com preciosas reservas para o futuro imenso.

        Envolvendo-a na luz da responsabilidade, conferiam-lhe o dever de conservar e aprimorar o patrimônio recebido, e, investindo-a na riqueza do pensamento_contínuo, entregaram-lhe a obrigação de atender ao aperfeiçoamento de seu corpo espiritual.

        Aceitar-se-á, razoavelmente, que até semelhante fase os tremendos conflitos da Natureza, em que se mesclavam a violência e a brutalidade, foram debitados à conta da evolução necessária para a discriminação de indivíduos e agrupamentos, espécies e raças.[56 - página 151] - Pedro Leopoldo-MG - 13/4/1958

Consciência cósmica: Consciência, conhecimento, de que, como ser vivo, cada pessoa se encontra ligada a todos os seres do Universo. (Ver: Monismo)

Se dispomos da paz na consciência, estaremos sempre inatingíveis a qualquer injúria ou perturbação.


 ANDRÉ LUIZ - Psicografado por Francisco Cândido Xavier

Trabalho de João Gonçalves Filho - (CONSCIÊNCIA - 527)

        Na história de todos os povos, observa-se tendência_religiosa_da_Humanidade; é que, em toda personalidade existe uma fagulha divina — a consciência, que estereotipa em cada espírito a grandeza e a sublimidade de sua origem; no embrião, a princípio rude nas suas menores manifestações, a consciência se vai despindo dos véus de imperfeição e bruteza que a rodeiam, debaixo da influência de muitas_vidas do seu ciclo evolutivo, em diferentes círculos de existência, até que atinja a plenitude do aperfeiçoamento_psíquico e conhecimento_integral_do_seu_próprio_“eu”, que, então, se unirá ao centro criador do Universo, no qual se encontram todas as causas reunidas e de onde irradiará o seu poema eterno de sabedoria e de amor.

        É a consciência, centelha de luz divina, que faz nascer em cada individualidade a ideia da verdade, relativamente aos problemas espirituais, fazendo-lhe sentir a realidade positiva da vida_imortal, atributo de todos os seres da criação. [71 - página 86]  - Emmanuel - 1938

    Trazemos na própria consciência o arquivo indelével dos nossos erros
    como os justos são portadores das notas íntimas que os glorificam diante do Pai Altíssimo. [40 - página 105] - André Luiz
   

Inconsciente e Subconsciente


        O certo é que em todos os tratados de psicologia se emprega ambos os vocábulos como se tivessem igual significado. Entretanto, o inconsciente deve ser claramente separado do subconsciente:

    O inconsciente deve ser encarado como um ressurgimento do primário, de épocas passadas do ser. Significa estancamento, regresso a um processo psíquico anterior. É o lastro acumulado que se deve ir perdendo na ascensão espiritual. É o ato psíquico não deliberado proveniente da nossa anterior experiência orgânica, vital. (Ver: Sonho e Psicologia Transpessoal)
    Se dizemos o ser inconsciente referimo-nos ao indivíduo organicamente considerado, a um aspecto intranscendente do seu psiquismo.

    O subconsciente é a compreensão de todos os conteúdos conscientes na larga trajetória do espírito durante o processo da sua evolução biológica e o seu evolver anímico; captação que registra e arquiva minuciosamente todos os pormenores de fatos ocorridos, deixando como síntese um pensamento orientado, um ensino proveitoso para o ser. É o progresso, a evolução. É o conhecimento que se acrescenta para aproveitamento ulterior.

    Se falarmos do ser subconsciente referimo-nos ao espírito na sua função evolutiva, ao aspecto transcendente ou imanente do psiquismo.

por: Carlos Bernardo Loureiro

         A subconsciência, tão investigada em vosso tempo, não elucida os problemas dos chamados fenômenos_intelectuais. Os estudos levados a efeito sobre essa câmara escura da mente são ainda mal orientados e, apesar disso, muitas teorias apressadas presumem explicar todo o mediunísmo com a sua estranha influência sobre o “eu” consciente. De fato, existem os fenômenos subliminais; todavia, a subconsciência é o acervo de experiências realizadas pelo ser em suas existências passadas. O Espírito, no labor incessante de suas múltiplas_existências, vai ajuntando as séries de suas conquistas, de suas possibilidades, de seus trabalhos; no seu cérebro espiritual organiza-se, então, essa consciência profunda, em cujos domínios misteriosos se vão arquivando as recordações, e a alma, em cada etapa da sua vida imortal, renasce para uma nova conquista, objetivando sempre o aperfeiçoamento_supremo.  [71 - página 81]  - Emmanuel - 1938

Considerando os textos acima, a seguir e as informações da página Cérebro, constatamos que o Inconsciente e o Subconsciente, ambos, residem no perispírito. (Ver: Memória do Espírito)
 
Subconsciente, isto é, cérebro do corpo fluídico.
Martins Peralva, no livro "Estudando a Mediunidade"
        
        Discípulo espontâneo e distante do eminente professor de Freiberg, somente aqui, no plano espiritual, pude reconhecer os elos que lhe faltam ao sistema de positivação das origens de psicoses e desequilíbrios diversos:

    Os “complexos de inferioridade”,
    o “recalque”,
    a “libido”,
    as “emersões do subconsciente” não constituem fatores adquiridos no curto espaço de uma existência terrestre e, sim, característicos da personalidade egressa das experiências passadas.

        A subconsciência é, de fato, ... o porão dilatado de nossas lembranças,
    o repositório das emoções e desejos, impulsos e tendências que não se projetaram na tela das realizações imediatas; no entanto, estende-se muito além da zona limitada de tempo em que se move um aparelho físico.

        Representa a estratificação de todas as lutas com as aquisições mentais e emotivas que lhes foram consequentes, depois da utilização_de_vários_corpos. Faltam, pois, às teorias de Segismundo Freud e seus continuadores a noção dos princípios reencarnacionistas e o conhecimento da verdadeira localização dos distúrbios_nervosos, cujo inicio muito raramente se verifica no campo biológico vulgar, mas quase que invariàvelmente no corpo_perispiritual preexistente, portador de sérias perturbações congênitas, em virtude das deficiências de natureza moral, cultivadas com desvairado apego, pelo reencarnante, nas existências transcorridas. (Ver: Epigenética)

    As psicoses do sexo,
    as tendências inatas à delinquência, tão bem estudadas por Lombroso,
    os desejos extravagantes,
    a excentricidade, muita vez lamentável e perigosa, representam modalidades do patrimônio espiritual dos enfermos, patrimônio que ressurge, de muito longe, em virtude da ignorância ou do relaxamento voluntário da personalidade em círculos desarmônicos.

       Estas explicações, se aproveitadas por médicos cristãos na Crosta Planetária, poderiam completar o trabalho de benemerência que a tese freudiana trouxera aos círculos acadêmicos. [40 - página 32] - André Luiz - 1940

        A psicanálise_do_mundo, valorizando os poderes desconhecidos do nosso aparelhamento mental, constituem sempre grandes tentativas para aquisição das profundas verdades espirituais, mas os seus mestres, com raras exceções, se perdem na vaidade dos títulos acadêmicos ou nas falsas apreciações dos valores convencionais.

        Os preconceitos científicos, por enquanto, impossibilitam a aproximação legítima da Psicologia oficial e do Espiritismo.

        Os processos da primeira falam da parte desconhecida do mundo mental, a que chamam subconsciência, sem definir essa cripta misteriosa da personalidade humana, examinando-a apenas na classificação pomposa das palavras. Entretanto, somente à luz do Espiritismo poderão os métodos psicológicos apreender que essa zona oculta, da esfera psíquica de cada um, é o reservatório profundo das experiências do passado, em existências múltiplas da criatura, arquivo maravilhoso onde todas as conquistas do pretérito são depositadas em energias potenciais, de modo a ressurgirem no momento oportuno.  [41a - página 41] - Emmanuel - 1940

 Vossa consciência latente, uma consciência mais profunda que a normal, é vossa verdadeira alma eterna. [63 - A GRANDE SÍNTESE - Consciência e Mediunidade]

(Ver:  Consciência e Mediunidade e Iluminação do íntimo)


Zonas obscuras da inconsciência, onde o «eu» enclausura as experiências que realiza, automatizando os próprios impulsos. [83 - página 202] - André Luiz
        Existe no homem uma consciência interior (subconsciente), na aparência independente da consciência exterior (consciente), e que é dotada de uma vontade e de uma inteligência_que_lhe_são_próprias, assim como de uma faculdade de percepção extraordinária; essa consciência interior não é conhecida da consciência exterior nem influenciada por ela; não é uma simples manifestação dessa última, pois que essas duas consciências não agem sempre simultaneamente.

    Segundo o Sr. Hartmann, a consciência interior é uma função das partes médias do cérebro;

    segundo a opinião de outras pessoas, é uma individualidade, um ser transcendente (a Alma). 

        A atividade psíquica do homem apresenta-se como dupla:

    atividade exterior

    atividade interior - as faculdades desta excedem muito às da primeira.

        O organismo humano pode agir a distância, produzindo um efeito não somente intelectual ou físico, como ainda plástico, dependente, segundo todas as aparências, de uma função especial da consciência interior. Essa atividade extracorpórea é independente, conforme parece, da consciência exterior, pois essa última não tem conhecimento de tal atividade, não na dirige.  [51- volume 2 - página 228]


É no próprio patrimônio íntimo que a alma registra as suas experiências, no aprendizado das lutas da vida, acerca das quais guardará sempre uma lembrança inata nos trabalhos purificadores do porvir, no processo evolutivo das encarnações subseqüentes.  [41a - página 78] - Emmanuel - 1940

       Fica cada vez mais claro que boa parte de nossa atividade mental é motivada pelo inconsciente. Quando Freud introduziu a noção central de que a maioria dos processos mentais que determinam nossos pensamentos, sentimentos e desejos acontece inconscientemente, a ideia foi rejeitada. Mas, descobertas atuais confirmam a existência e o papel essencial dos processos mentais inconscientes.

        Na primeira metade do século 20 as ideias de Sigmund Freud dominaram as explicações sobre o funcionamento da mente. Seu pressuposto básico era que nossas motivações permanecem em sua maior parte no inconsciente. Mais que isso, são mantidas longe da consciência por uma força repressora. O aparato executivo da mente (o ego) rejeita iniciativas do inconsciente (o id) que estimulam comportamentos incompatíveis com nossa concepção civilizada de nós mesmos. A repressão é necessária porque esses impulsos se manifestam na forma de paixões incontroláveis, fantasias infantis e compulsões sexuais e agressivas.

        Quando a repressão não funciona, dizia Freud até sua morte, em 1939, surgem as doenças mentais: fobias, ataques de pânico e obsessões. O objetivo da psicoterapia, portanto, era rastrear os sintomas neuróticos até suas raízes inconscientes e aniquilar seu poder através de sua confrontação com a análise madura e racional.

        "O próprio Freud anteviu o dia em que dados neurológicos complementariam suas teorias"

SCIENTIFIC AMERICAN Brasil - ANO 3 - N°25 - Junho/2004
CONSCIÊNCIA E SUPERCONSCIÊNCIA  
- SUCESSÃO DOS SISTEMAS TRIDIMENSIONAIS


    Enquanto o primeiro sistema a ®b ®g), em seu desenvolvimento, completa a dimensão espacial. Isto é, na fase g, está completa a dimensão espacial, mas é nulo o desenvolvimento da dimensão conceptual: é apenas o ponto, um germe.

             A consciência, que neste sistema evoluiu:

        da dimensão linear  (Ver: Teoria das cordas) para dimensão superfície  e adquire a dimensão de volume.
        A consciência na matéria, não tem dimensão (o volume, neste sistema, é a dimensão espacial completa, mas diante do sistema sucessivo é uma não-dimensão, o ponto).

    O segundo sistema g ®b ®a), superior, que é vossa fase no nível humano, completa a dimensão conceptual, aquela cujas unidades de medida são as propriedades da consciência. Tal como ocorre nos universos precedentes quanto à gênese progressiva do espaço, temos nesta unidade superior a gênese progressiva da dimensão conceptual. 

    Em b aparece sua primeira manifestação: o tempo. O ponto movimentou-se, não mais em direção espacial, mas em nova direção conceptual, e nasce a reta, a primeira dimensão nova. Ao deslocar-se no tempo, o fenômeno adquire, em b uma consciência própria, linear, a primeira dimensão conceptual.
  O fenômeno, que não é ainda vida, nem consciência, sabe apenas o seu isolado progredir no tempo; não se expande além da linha de seu devenir, não se eleva a julgamento, como a consciência humana, não sabe sequer dizer “Eu”, porque ignora qualquer distinção e a consciência do não-eu, aqui, é o inconcebível. Compreendamos, também aqui, não um tempo universal, isto é, a medida do devenir fenomênico; mas a dimensão desta fase, ou seja, a consciência (linear) do devenir. Entendido assim, esse tempo só nasce em b como propriedade da energia. Com efeito, apenas as forças tomam a iniciativa do movimento, tendo como dominante a característica dinâmica e dominam g,  a terceira dimensão espacial, característica da matéria, que sofre esse movimento, não o inicia. Nas fases inferiores só existe o tempo em sentido mais amplo, entendido como ritmo do devenir, propriedade de todos os fenômenos; mas não como consciência do transformismo, propriedade das forças. Facilmente compreendeis que revolução trazem esses conceitos em vossa ordem habitual de ideias.

        A consciência, no campo das forças, assume dimensão linear;

        no campo da vida, a consciência, alcança a dimensão superfície;

        no campo absolutamente abstrato do puro espírito, a consciência, adquire a dimensão de volume.

          Em a estamos na fase subumana e humana de consciência mais completa, e temos a segunda dimensão conceptual, correspondente, no sistema espacial, à superfície. Tal como da linha se passa à superfície, com deslocamentos em novas direções extralineares, assim, por deslocamentos semelhantes, a consciência humana invade o devenir de outros fenômenos, diferencia-se deles, aprende a dizer “eu”, a perceber a própria individualidade distinta das outras, dobra-se sobre o ambiente, projeta-se para fora (a nova dimensão), observa e julga. Os sentidos são os meios dessa projeção para fora, característica da segunda dimensão, meios que na primeira eram desconhecidos.

           Em a+x aparece a terceira manifestação de dimensão conceptual que completa o segundo sistema, correspondente ao volume do primeiro sistema.

          As limitações de vosso concebível impede-me de lançar-me aos sistemas sucessivos, cada vez mais espirituais e rarefeitos, que se estendem  ao infinito. Ao invés, expliquemos as características da segunda dimensão (consciência) em relação às da terceira (superconsciência).         

        Da mesma forma que a superfície absorve a linha, a consciência absorve o tempo e o domina; enquanto as forças precisam do tempo, o pensamento o supera. Na passagem da fase b à fase a, a dimensão tempo tende a desvanecer-se, embora subsistindo, mas em tal aceleração de ritmo (onda) que vos pareceria quase desaparecer em nova dimensão. Com efeito,

    quanto mais baixa e material é a consciência, tanto mais é lenta e se assemelha a b;

    enquanto mais concreto o pensamento, mais denso é o ritmo e mais vagarosa a onda.

          O pensamento implica tempo, somente enquanto, e na medida em que ainda é energia; quanto mais é cerebral, racional, analítico, tanto menos é abstrato, intuitivo, sintético. Neste segundo sistema tridimensional, assistis a uma aceleração contínua de ritmo. Nessa aceleração o tempo é gradualmente absorvido. Por sua vez, a superconsciência domina e absorve a consciência, tal como o volume o fez com a superfície.

           Explico: a consciência humana, derivada por evolução de b, através da profunda elaboração da vida, não é linear; isto é, não é limitada em si mesma nem a um fenômeno, e pode sair e mover-se em todas as linhas de superfície, em todas as direções, abraçando como conseqüência, muitíssimos fenômenos. 
Por isso, é absolutamente hiper-espacial. Mas, de qualquer forma, é sempre dimensão de superfície, à qual está inexoravelmente ligada enquanto não evoluir. Isso significa que está presa ao relativo, que só pode mover-se no finito, que só sabe conceber por análise, isto é, por meio da observação e da experimentação, tal como vossa ciência. Domina todas as linhas do devenir fenomênico, mas toda a sua vida está na superfície e dela não pode sair. Jamais vos perguntastes a razão dessa vossa insuperável relatividade, desses limites que restringem vosso concebível, dessa vossa incapacidade de visão direta da essência das coisas? Eis a resposta com expressão geométrica. 
Vossa consciência é segunda dimensão, de superfície e, como superfície, é uma contínua impotência diante do volume, sua dimensão superior. Para atingir o volume, é indispensável que a superfície se mova em nova direção; para atingir a superconsciência é necessário multiplicar a consciência por novo movimento. Dessa forma e só por multiplicação de análise podeis aproximar-vos da síntese. A superconsciência é dimensão conceptual volumétrica, que se obtém ao elevar uma perpendicular sobre o plano da superfície da consciência, conquistando, dessa maneira, um ponto de vista fora do plano: o único ponto que pode dominá-la totalmente. Por isso, só a superconsciência sobrepuja os limites de vosso concebível, domina o relativo na visão direta do absoluto, domina o finito, movendo-se no infinito; não mais concebe por análise, mas por síntese.

           São esses conceitos que escapam à vossa consciência e, nesse nível, não podem ser alcançados. Somente assim se passa do relativo ao absoluto, do finito ao infinito. Este não constitui uma sucessão nem uma soma de relativos, mas algo qualitativamente diferente: diferença de qualidade, de natureza, não de quantidade, nem de medida. O verdadeiro infinito é isso, bem diferente de tudo o que costumais chamar, é simplesmente um indefinido ou incomensurável. 
A superconsciência move-se numa esfera mais alta que a consciência humana, em contato direto com os princípios que vós laboriosamente procurais, tentando alcançá-los em sínteses parciais, e que só sentireis diretamente por meio de vossa evolução. Como vedes, diferença substancial. Não se trata de somar fatos, observações e descobertas; de multiplicar as conquistas de vossa ciência; trata-se de mudar-vos a vós mesmos. Não mais o lento e imperfeito mecanismo da razão, mas da intuição rápida e profunda. Não mais projeção da consciência para o exterior, por meios sensórios que apenas tocam a superfície das coisas, mas expansão em direção totalmente diversa, para o interior: percepção anímica direta, contato imediato com a essência das coisas.

           Eis a consciência maior que vos aguarda. Essa é a consciência que no princípio chamamos latente, dilata-se continuamente, aumentando-se com os produtos de vossa consciência. Em vós, a superconsciência está em estado de germe, que espera o desenvolvimento para revelar-se. Agora compreendeis que valor dar às palavras razão, análise, ciência, que vos parecem ser tudo. Para progredir mais, tereis de sair do plano de vossa consciência, a que penosamente estais presos, e conquistar um ponto fora dela. 
 As intuições do gênio e as criações morais do santo são apenas perpendiculares levantadas no plano da superconsciência por antecipação. Por isso vos disse que a intuição é a nova forma de pesquisa da ciência futura; somente ela pode dar-vos, não mais ciência, mas sabedoria.  Isto vos explica o inexorável relativismo de vossos conhecimentos, vossa limitação e relatividade de sínteses, a escravidão da análise, uma impotência apriorística de alcançar o absoluto. A superfície jamais vos dará, embora percorrida em todos os sentidos, a síntese volumétrica. Razão e intuição, análise e síntese, relativo e absoluto, finito e infinito são dimensões diferentes, produzidas em planos diferentes.
 Absoluto e infinito estão em vós em estado de germe, tremem na profundidade de vosso eu como um pressentimento: nada mais. Aí vos espera a maior aproximação conceptual da divindade. Eu estou neste plano mais alto, de cons­ciência volumétrica, onde se domina todo o tempo, até mesmo o futuro, porque estamos fora e acima de vosso tempo; aqui a concepção é visão global instantânea de tudo o que só concebeis sucessivamente; aqui tenho, por visão direta a síntese que agora vos transmito. Destes planos mais altos, descem as revelações que se comunicam a vós por sintonização de ondas psíquicas, partindo de seres de outra esfera; consciências imateriais não perceptíveis aos vossos sentidos, que vossa razão não pode individualizar.

           Assim sucedem-se as três dimensões de b, a, a+x. Tal como g, matéria, vos deu o espaço, assim temos:

    1º O tempo, isto é, o ritmo, onda, unidade de medida de dimensão de b = energia.

    2º A consciência, isto é, a percepção externa, razão, análise, finito, relativo, dimensão de a, a fase vida, que se culmina no psiquismo humano.

    3º A superconsciência, isto é, a percepção interna, intuição, síntese, infinito, absoluto, dimensão de a+x, a fase super-humana.

           Assim, as dimensões sucedem-se por trindades sucessivas e contíguas, na escala progressiva da evolução: desde o ponto, até a linha, a superfície, o volume, o tempo, a consciência, a superconsciência, numa contínua dilatação de princípio. Tudo evolui. E, com os universos, também suas dimensões. Agora, podeis compreender como a abertura de uma espiral maior, produzida pela abertura de uma menor (cfr. diagrama fig. 5) não ocorre em sentido espacial, porque a dimensão muda a cada abertura de ciclo, mas no sentido da evolução que é, como dissemos, a dimensão do infinito. O infinito + e o infinito - (+ e - ) que, no diagrama, aparecem com ex­pressão espacial, têm, assim, na realidade, outro valor totalmente diferente. As dimensões aparecem e desaparecem ao progredirem. Assim, morrerá o espaço com a matéria, o tempo com a energia, a relatividade com a consciência; mas a Substância ressurgirá em formas e dimensões mais altas, assumindo sempre novas direções. 
Cada dimensão é relativa e, na evolução, segue uma precedente, mas vem antes de uma seguinte e existe sempre um degrau mais alto para subir, uma fase superior o aguarda. A cada salto para frente conquista-se o domínio da própria dimensão, que antes não era acessível senão sucessivamente. O campo de ação e visão dilata-se: do alto se domina o que está embaixo. Reencontramos ainda o princípio da trindade em toda a parte; nas três fases de vosso universo:

    matéria (g) - aspecto estático

    energia (b) - aspecto dinâmico

    espírito (a) - aspecto conceptual (ou mecânico)

Nos dois sistemas dimensionais observamos:

    Sistema espacial - (a ®b ®g):  (espaço)

    Sistema conceptual - (g ®b ®a):
    1ª dimensão: tempo
    2ª dimensão: consciência (relativo)
    3ª dimensão: superconsciência (absoluto)

[63 - A GRANDE SÍNTESE - Consciência e Superconsciência - Sucessão dos sistemas tridimencionasi ]

        A consciência,_que_hoje_é_de_superfície_e_analítica, transformar-se-á num organismo ainda mais complexo de movimentos vorticosos, numa animadora de nova potência, a dimensão superconsciência sintética de intuição, a dimensão volumétrica, máxima de vosso sistema.

        Então a matéria se desmaterializará de sua forma atômica e o ser sobreviverá além do fim de vosso universo físico e de suas dimensões.
 
[63 - A GRANDE SÍNTESE - Gênese dos movimentos vorticosos ]
www.sciam.com.br
 http://dailyfood.ca/portuguese/ulterior/ulterior6fri.html
 http://www.guia.heu.nom.br/intuicao.htm
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http://www.espirito.org.br/portal/doutrina/vocabulario/letra-i.htm
http://www.sbee.com.br/glossario.htm
http://www.espirito.org.br/portal/artigos/fep/inconsciente-e-subconsciente.html
http://www.panoramaespirita.com.br/artigos/artigos_04/Inconsciente_e_subconsciente.html
http://www.guia.heu.nom.br/superconsciencia.htm

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