quarta-feira, 15 de maio de 2013

DEUS NO PENSAMENTO DE BERGSON ao som de Mozart-PianoSonata No11 -K331 - 15m


W.A.Mozart 
Piano Sonata No.11 - K 331 - 15m

Deus no pensamento de Bergson

A religião entre a intuição e a instituição

Franklin Leopoldo e Silva


O que habitualmente chamamos de condição humana é basicamente determinado, segundo Bergson, pela natureza. A partir da aceitação das linhas gerais da teoria da evolução, Bergson afirma que a natureza teria seguido dois caminhos paralelos com a mesma intenção de desenvolver e preservar a vida. De um lado, o instinto, que se caracteriza pela estrutura fixa no interior da qual o animal se comporta de modo relativamente imutável, cumprindo os requisitos de sobrevivência prescritos pela natureza; de outro, a inteligência, capacidade humana dotada de flexibilidade para que o homem possa se adaptar às situações fabricando para tanto meios de sobrevivência cada vez mais aprimorados.

É importante notar que o mesmo objetivo é realizado por via de dois percursos diferentes e de dois resultados distintos, até porque tudo deriva da mesma origem, a Vida, a princípio indiferenciada e que, no itinerário evolutivo, se teria bifurcado em duas linhagens. Devido a essa origem comum, cada uma dessas formações vitais guarda em si algo da outra, submerso e camuflado pelas características que se impuseram de maneira predominante. À origem comum, corresponde o mesmo princípio orientador das ações da vida, em ambos os casos: sobrevivência e preservação, o que faz com que, no ser humano, a inteligência esteja quase totalmente voltada para a satisfação das necessidades práticas da vida individual e coletiva.


Isso significa, simplesmente, que cada organismo desenvolve o esforço necessário para persistir na existência e, que no caso do homem, a inteligência é o instrumento para a realização dessa tarefa. Para tanto são produzidos os utensílios materiais e as formas imateriais de sustentação da vida: entre essas últimas, destaca-se a tendência para a sociabilidade, uma vez que a vida em comum facilita a realização dos trabalhos necessários à manutenção de todos. A sociedade é, em princípio, uma organização fechada, formada por hábitos e regras (tanto explícitas quanto implícitas), que a inteligência sistematiza e que se apresenta aos indivíduos como obrigações sociais e morais a serem cumpridas por todos em benefício de cada um.
Mas esse perfil objetivo da organização social não basta para que o indivíduo venha a fazer a experiência do equilíbrio entre -egoísmo e solidariedade, requisitos da vida social.

 A tendência natural a sobreviver individualmente é mais forte do que o raciocínio que me faria entender que é do meu interesse considerar o interesse dos outros. Esse relativo desprendimento só aparece motivado por uma outra atividade: a função fabuladora, pela qual é incutida no indivíduo a neces-sidade de certas ações que ultrapassam a esfera exclusiva da vida individual. Histórias acerca da origem da coletividade, de deuses protetores que podem premiar ou punir, normas cuja origem se perde na tradição, mas que, por isso mesmo, devem ser respeitadas etc. Note-se que tudo isso, embora não diga respeito diretamente ao interesse individual, é absolutamente necessário para a preservação organizada da vida coletiva, impedindo que esta se dissolva na fragmentação dos interesses individuais. Esse patamar de experiência vital, pelo qual a função fabuladora é responsável, chama-se religião.

Vista dessa forma, a religião cumpre uma finalidade análoga à da sociedade no que concerne à coesão dos indivíduos, e ela se situa, por isso, num nível natural. Trata-se de uma organização fechada de costumes, normas, símbolos e rituais destinados a sustentar a integridade do grupo, por via da comunidade de crenças geradoras de comportamentos. É, ainda, a intenção da natureza que prevalece no interesse da manutenção da Vida numa escala maior do que a individualidade. Nesse sentido, as obrigações morais socialmente instituídas e a instituição das religiões cumprem funções análogas e complementares.

Coincidência com a criação
Mas há em Bergson uma maneira de conceber a possibilidade de transcender essa significação imanente e utilitária da religiosidade. Como a inteligência guarda resquícios de sua integração comum com o instinto no passado longínquo do processo de Vida, mantém-se em torno da inteligência e de sua função pragmática uma franja de possibilidades ou de virtualidades que dizem respeito ao Todo, por oposição ao direcionamento estrito da intenção utilitária. A fabulação já o indica, pela possibilidade de o indivíduo extrapolar os limites de sua própria sobrevivência. Mas, agora, já não se trata mais de sair de si para chegar ao grupo, e sim de abrir-se para a totalidade através de uma via completamente distinta das linhas de raciocínio próprias da inteligência. É como se o pensamento, nesse caso, atingisse uma liberdade que o faz superar as prescrições da natureza, comunicando-se com uma dimensão que não concerne à utilidade imediata da persistência da vida.

A evolução, tal como a ciência, a considera enquanto processo objetivo de formação dos seres vivos, e indica para o metafísico a dimensão essencial da realidade como incessante movimento de criação. Esse élan que percorre tudo, formando e transformando, é o modo como deveríamos conceber o ser, se o interpretássemos como ato e mobilidade, e não como estabilidade das formas. A totalidade, portanto, não é uma idéia nem uma realidade fechada em si mesma, mas um processo aberto e interminável, isto é, o infinito como movimento. Se pudéssemos romper as malhas da inteligência que nos mantém dentro de uma realidade estrutural e calculável, atingiríamos, por intuição, esse movimento absoluto em que o que entendemos por ser se revela devir ou vir-a-ser. Passaríamos, então, da organização fechada, que naturalmente caracteriza a sociedade e a religião, a uma abertura indefinida que, no limite, seria a coincidência com o processo criador. E essa realização plena da liberdade não seria um ato subjetivo: seria justamente o modo de transcender a subjetividade.
Essa transcendência não significa -necessariamente ir ao encontro de uma entidade superior, princípio ou razão de ser de tudo que existe. Seria antes passar da particularidade fechada à totalidade aberta, na qual de fato já estamos, mas na qual não nos sentimos, porque as conveniências da vida nos impõem a segmentação da realidade e a divisão rígida entre sujeito e objeto, de acordo com as mediações da inteligência. Abandonadas essas mediações, entraríamos em contato imediato com algo que ultrapassa infinitamente o espaço de nossa relação pragmática com o mundo.

Esse contato não é cognitivo, embora o conhecimento possa dele fazer parte – mas sempre como um subsídio. A dimensão religiosa em que esse contato se estabelece de forma privilegiada é designado por Bergson como Amor. Claro que no uso desse termo estão implicadas todas as ressonâncias teológicas que Bergson não desenvolve. Sem nos atermos a essa temática, podemos, no entanto, assinalar alguns aspectos que nos podem ajudar a entender esse outro aspecto da religiosidade.

Religião aberta
A realidade, como vimos, é criação, o que significa que na sua essência ela é puro processo e movimento. As formas criadas são vestígios desse processo porque a imobilidade é algo que deriva do movimento. Habitualmente, falar em criação implica falar em criador – e é nesse ponto que se colocaria, no contexto bergsoniano, a questão de Deus. Mas o que há de original em Bergson é justamente a idéia de que a criação como processo e movimento deveria nos eximir de identificar o “ser” criador, o que seria remeter o processo a uma entidade e o tempo à eternidade. O que haveria de divino na criação seria, então, o próprio processo. A metáfora do élan, portanto, remete menos a um espírito do que à espiritualidade, entendida como ação criadora.

Uma religião “aberta”, diz Bergson n’ As duas fontes da moral e da religião, seria aproximadamente a atitude implicada na intuição pela qual se poderia coincidir com a ação criadora no que ela tem de divino. Com o que, propriamente, o místico coincide? Se admitirmos que o Amor poderia ser a designação aproximada da relação absolutamente intrínseca entre criação e criatura, seria com essa dimensão ético-religiosa que a intuição mística coincidiria. Essa coincidência se revela e se propaga na relação de amor que o místico mantém com a humanidade, mas que é conseqüência do amor a Deus e do amor de Deus – entendendo-se aqui que “Deus” é algo como a súmula do processo criador. O místico coincide com a totalidade naquilo em que ela age criadoramente, e essa ação o penetra “como o fogo avermelha o ferro”, isto é, a Verdade se faz Amor.

 “O amor 
 que o consome (ao místico) 
não é o amor de um homem por Deus;
é o amor de Deus por todos os homens.” 


Por isso, o místico não é apenas aquele que conhece, mas, sobretudo, aquele que age. Seu ideal seria que a totalidade agisse nele e por ele numa infinita expansão de Amor. A diferença do místico em relação aos outros homens é que, nele, a finitude não limita a totalidade, mas de alguma forma a expressa – com todos os entraves que se colocam entre uma intuição sobre-humana e a expressão humana.

Assim, vemos quanto essa dimensão “aberta” da religiosidade ultrapassa a organização fechada das instituições sociais e religiosas. Diante do princípio universal da fraternidade, diz Bergson, inclinamo-nos com respeito; mas não o abraçamos com paixão. Por isso, seria até o caso de se perguntar se essa “abertura” para o divino ainda deveria ser chamada de religião, tão incompatível ela se mostra com a primeira acepção do termo, a de instituição fechada. Justifica-se, no entanto,  a manutenção da mesma palavra por dois motivos. Em primeiro lugar, a intuição mística é rara e, quando ocorre, de certa forma é inapreensível mesmo para o místico. Em segundo lugar, porque as reli-giões instituídas só conservam um certo vigor na relação com o divino na medida em que ainda puderem respirar o odor que a intuição mística nelas deixa como um vestígio.

De algum modo, o que o homem entende e pratica como religião pela via da produção simbólica está muito aquém das possibilidades intuitivas de contato com o absoluto; de outro lado, a religião possível  nos indica de alguma forma que não estamos definitivamente encerrados nos limites de nossa natureza: podemos, como faz o místico,  romper com a humanidade em si mesma para reencontrá-la em Deus.

Franklin Leopoldo e Silva, professor de Filosofia da USP e autor de Bergson: intuição e discurso filosófico (Loyola, 1994)


EU E DEUS
Professor:
Franklin Leopoldo e Silva
Monitor:
Guilherme Peres
Sala: Verde
Aula 4 - Bergson
Deus, o homem e o tempo: 
a participação humana no processo infinito de criação divina

Henri Bergson (1859
-
1941) é autor de uma filosofia inovadora, nascida de um contexto histórico 
 de reação à vertente neokantiana. Depois de Kant, novas ciências surgiram, 
com  destaque para a sociologia e a psicologia, e trouxeram novos 
 problemas,equacionados a partir da sistemática do filósofo prussiano.
 Diante dessa situação, temos a corrente que tenta realizar essa 
adaptação, em grande parte como uma epistemologia.
Uma linha de forte influência para Bergson foi o positivismo de Augusto
 Comte. O estágio científico que a humanidade se encontrava (definido
por Kant como a “maioridade da razão”) era o final da linha evolucionista do 
 pensamento, que havia passado por três estágios (mítico- religiosa, metafísica 
e positiva). Para Comte –e os positivistas conhecimento que não for fundado
 em regras claras e específicas não é aceito, apenas aquilo que pode ser
 atestado. Bergson coloca em questão o predomínio intelectual dessas
 concepções de maneira radical. Para ele, não adiantava adaptar Kant, 
mas seria preciso deixar de falar a língua kantiana. Isso corresponde 
também a uma nova condição de sujeito diante do objeto (inclusive o 
 próprio objeto): uma das coisas apontadas do ponto de vista
metodológico é que o exame do problema não é apenas a busca por 
sua solução, mas a reformulação da pergunta, ou nunca se escapará 
do sistema kantiano. 
Aqui, o próprio estilo de pensamento está em questão, e dentro desse
contexto a Teoria da Evolução exerce um papel fundamental. Bergson 
 entende ser preciso uma filosofia da evolução: a História é um progresso 
de mudanças. A historização e o estudo do processo evolutivo são tidos
 como algo de muito alcance, inclusive com a aplicação desse pensamento 
evolucionário à totalidade do real, sendo considerado uma chave para seu
entendimento. Ele acreditava que uma filosofia temporal e da existência
 (como a vida ocorre e se desenvolve) deve ser generalizada.
Nosso pensamento promove uma articulação da realidade, ou seja, 
uma tradução dela segundo as conveniências da prática e do entendimento. 
Ele tem essa propensão de moldar a realidade em função de nosso
 entendimento. Mas, se a História fosse puro fluxo,seria impossível nos
 prostrarmos diante dela. Somos seres presos entre passado e futuro,
e precisamos de estática.
Esse império do humano sobre a natureza talvez não corresponda à verdade.
 É preciso entender como a realidade, em sua essência, transcorre.
Mesmo a ciência tende a fugir da estática. Os evolucionistas não são fiéis ao
seu pensamento. O processo não se dará através de seus resultados, eles 
são subsidiários do processo, e isso a ciência não consegue alcançar. 
 A essência do real é processo, movimento, algo que o pensamento sempre
 procurou evitar.

Separação entre ser e não ser.
Se algo muda, ele deixa de ser, e algo que não existia, passa a existir. 
Isso, para a filosofia, é uma violação. Ao menos um núcleo fixo de 
qualidades imutáveis deve existir, alguma substância que nos deixe seguros, 
ou nada pode ser conhecido. Essa é uma estratégia, pois, se a realidade
 é processo, ela é substancialmente progresso, essencialmente mudança,
 e com isso não se resguarda nenhuma permanência. O efeito prático é outro
 trato com a realidade, um pragmatismo: o interesse no conhecimento é
secundário, a paz se torna um luxo, nossa vida passa a ser pautada pela 
praticidade.
Há na vida um interesse imanente nela mesma, a sobrevivência, uma ideia
instintiva e evolucionista. Nosso instinto age imediatamente e o 
pensamento porintermediações, mas ambos tem como objetivo serem úteis.
 É preciso então reconsiderar o processo produtor de realidade: a vida.
 Há nesse processo uma criação contínua, em que essa adaptação do viver
 vai aparecendo de forma cada vez mais evoluída. 
A natureza fabrica metodicamente ou simplesmente cria. Bergson usa o
 exemplodo olho, ao retratá-lo como uma complexa criação com várias partes 
responsáveis porfunções específicas, contrastando isso com a simplicidade do 
ato de ver, que se realiza apenas por olharmos alguma coisa. 
A criação espontânea e direta não deixa de ter algo de divino, mas nós 
vemos isso metodicamente.O que conhecemos? A realidade direta ou análises e decomposições dessa
realidade que são fruto de nossa necessidade?
As formas fundamentais de percepção propostas por Kant–espaço e tempo–
são questionadas por Bergson. O que é mais propício ao pensamento analítico?
 Conclui - se que é a perspectiva espacial, mas como temos de lidar com
 o tempo, nós o dividimos como o espaço, ou seja, em uma justaposição 
de trechos. A primeira coisa a reparar é que, se fosse assim, espaço e tempo
seriam a mesma coisa.
Usamos o tempo como espaço, pois ele nos é propício ao
entendimento.
Se sairmos da perspectiva analítica, é possível perceber que o tempo
passa (o anterior não existe mais). A justaposição é diferente da sucessão.
. A transitoriedade significa a contínua passagem do ser ao não-ser. 
 As coisas nascem para desaparecer,  e essa mistura de ser e não-ser 
 é inconcebível para a filosofia de então. 
 Para Bergson, vivemos em artifícios e convenções, não na realidade: 
é preciso entendê- la para além do pragmatismo, passar da realidade
 segmentada para a rebeldia do processo ante nosso entendimento. 
Se a realidade é processo, ela é de essência temporal.
O espaço passa a ser então uma convenção, com o mundo sendo presença e 
representação dessa presença nas categorias de existência (pensamento 
e intelecto). A evolução nos fez de maneira que vivêssemos no mundo de
 forma confortável e se dividiu em uma linha de instinto (como a formiga ou
 a abelha, que vivem de forma automática), e outra intelectual,
 ferramenta que adapta a realidade para que ela nos sirva. O ser vivo existe
 transformando o mundo em seu habitat. Perceber é enxergar a serventia 
de algo, e o mesmo acontece com o intelecto ao teorizar algo para que 
este lhe sirva.

ar algo para que este lhe sirva.
Seguindo as premissas de Kant, a metafísica é racionalmente incompreensível,
mas se pensarmos de modo a escapar esse regulamento, ele está errado. A filosofia nunca
compreendeu o tempo, pois nunca escapou desse pensamento. 


 Se analisarmos o tempo,ele nos escapa.
Bergson propõe então a necessidade de se desenvolver um pensamento
que compreenda o tempo não objetivamente, não de forma espacial.
Esse novo pensamento é o que Bergson chama de intuição O conhecimento analítico e estático não é apropriado para certas realidades, principalmente o tempo, a
realidade essencial. Se definirmos a intuição, ela se torna ferramenta. Seu papel não é nos colocar diante
do real, mas nos incluir nele, coincidir- nos, não construir objetos que nos aparecem como conhecimento
(que são lógicos, pois os construímos, e nada mais natural ao artífice do que o artifício).

Da intuição, parte -se para a consciência, objeto que se alcança pela mediação

Para Bergson, há uma torção q ue podemos fazer: a intuição não 
acontece, ela é um esforço
para nos aproximar parcialmente da compreensão. Se abstrairmos as suposições que constituem as
 mediações que nos alienam e nos aproximarmos de nossa consciência,
ela se apresentará como algo mais adequado para o conhecimento direto de nós mesmos, em vez de nos
tratarmos como objeto distante. Não somos uma entidade, mas uma continuidade,
uma manifestação temporal, e nossa consciência é o fluxo desse tempo e, portanto, inapreensível pela análise.
 Ele nos compara com uma melodia, um fluxo em que as partes e o todo estão intimamente relacionados.

A duração é o sentimento dessa temporalidade, dimensão subjetiva na qual somos nós mesmos,
 em que qualquer tentativa de conhecimento dela a falseia. A conclusã o é de que nunca haverá exatidão
(é preciso atentar que  precisão difere de exatidão , uma vez que conceitos exatos não são precisos, e o
preciso é ajustado a algo específico – Bergson usa o exemplo de produção de roupas em confecções (exatidão) e
sob medida (precisão).

A criação é atribuída ao que Bergson chamou de elã vital , um processo de vida constante, infinito,
que deixa no seu percurso os vestígios que procuramos entender. Sua origem ou destino são
indesvendáveis, algo que Bergson tratou como “da ordem do divino, se não for o próprio deus”.

Esse elã seria o tempo passando, se fazendo e fazendo tudo.

Mas como nos aproximar dele? A ciência é utilitária e a filosofia 
acompanhou essa
índole. O que resta é a aproximação intuitiva quanto ao que nos 
transcende. Bergson sugere a arte, que para ele é algo antinatural,
 imprevisto, que produz perturbação na dimensão do exato pelo fato 
de o artista perceber sem mediações, apesar de não
conseguir se expressar, por aquilo que vê não caber na forma. 
Diante da obra de arte, pensamos o que não pensaríamos, não 
fosse aquilo. O artista tem a capacidade de expressar através de 
formas o que não é forma (um tanto se perde, mas não tudo).
Nós procuramos explicar a existência em função de uma vida pacífica. 
Por isso, artistas e místicos não são vistos como normais, 
pois eles põem em xeque o instituído,mostram que existem outras 
formas de pensar. Bergson os considera uma espécie de um
 único indivíduo, pois é diferente de nós, e sua ação retroage sobre 
os demais.
Para o novo pensamento, a solução seria partirmos de uma moral 
fechada,  fundamentada na perspectiva social e histórica, para 
uma moral aberta, seletiva,
mas que possibilita a descoberta
. http://casadosaber.com.br/sp/media/mediauploader//r/e/relat%C3%B3rio%204.pdf

Observação:
Este relatório foi preparado pelo monitor do curso, um estudante
universitário, com base em suas anotações da aula. É apenas 
uma versão doconteúdo apresentado, destinada a apoiar o aluno 
em seus estudos. Não substitui a presença no curso, nem outras
pesquisas sobre o tema, podendo contereventuais incorreções
–caso identifique alguma, por favor, aponte-a.
 



 http://revistacult.uol.com.br/home/2010/03/deus-no-pensamento-de-bergson/
 Sejam felizes todos os seres. Vivam em paz todos os seres
Sejam abençoados todos os seres.

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