sábado, 13 de julho de 2013

ÉTICA, CULTURA E AVALIAÇÃO - 3 - 2:36:41- mais vídeos


3. Ética, Cultura e Avaliação


Este curso faz parte do Programa de Aperfeiçoamento de Pessoal em gestão de Pessoas e Recursos Humanos - PAP-RH, criado pela Unidade Central de Recursos Humanos, da Secretaria de Gestão Pública, e instituído pela Resolução SGP nº 35, de 09.12.2010.

Esta aula faz parte do Módulo 3 - Ética, Cultura e Avaliação, do curso Meritocracia e Gestão de Desempenho", ministrada em 09.03.2012.

::Ementa::
Ética e imperativos culturais frente a programas de avaliação de pessoal, nas organizações atuais. As questões de convivência e interação entre as pessoas nas organizações, abordadas a partir dos respectivos papéis organizacionais (líderes, subordinados, avaliador, avaliado).
- Conceito e significado de ética
- Ética e Moral
- A ética nos dias atuais
- A ética nas relações pessoais e profissionais dentro de uma organização pública
- Lideranças e liderados: relações éticas
- Vitimização e privilégios sob perspectiva ética

Clóvis de Barros Filho é graduado em Direito pela Universidade de São Paulo e em Jornalismo pela Faculdade de Comunicação Social Casper Líbero, mestre em Ciências Políticas pela Université de Paris III (Sorbone-Nouvelle) e doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo. É livre-docente da Escola de Comunicação e Artes da USP. Atualmente é professor em regime de Turno Completo da Universidade de São Paulo, conferencista pelo Espaço Ética e Pesquisa e professor de Teoria e Ética da Comunicação e Filosofia da Comunicação. É autor de projetos de pesquisa, livros e artigos publicados em periódicos, jornais e revistas e participa de bancas examinadoras.
Clóvis de Barros Filho 
é advogado, jornalista e professor universitário.
Consultor e Pesquisador de Ética da UNESCO.

Possui graduação em Direito pela Universidade de São Paulo (1986), graduação em Jornalismo pela Faculdade de Comunicação Social Casper Líbero (1985), mestrado em Science Politique - Universite de Paris III (Sorbonne-Nouvelle) (1990) e doutorado em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (2002). Obteve a Livre-Docência pela Escola de Comunicações e Artes da USP (2007). Atualmente é RTC da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Teoria e Ética do Jornalismo, e Teoria e Ética da Publicidade atuando principalmente nos seguintes temas: ética, comunicação, habitus, jornalismo e publicidade.

Biografia

Clóvis de Barros Filho nasceu no dia 21 de outubro de 1966, em Ribeirão Preto. Filho de Clóvis de Barros, ex-Secretário de Segurança do governo paulista de Franco Montoro, e de Nilza Barros.
Tornou-se bacharel em Comunicação Social pela Cásper Líbero e mais tarde em Direito pela Universidade de São Paulo. Fez sua pós-graduação na França onde conquistou o DEA e, dois anos depois, obteve o doutorado em Direito pela Universidade de Paris IV.

Ao iniciar sua carreira universitária como professor de comunicação, Clóvis de Barros Filho resolveu fazer sua pós-graduação neste campo. Assim, foi para a Espanha e se doutorou em Comunicação pela Universidade de Navarra. Impedido, após a defesa de tese na Espanha, de convalidar seu doutorado no Brasil, foi obrigado a refazer seu doutorado na Escola de Comunicações e Artes da USP. Em 1998 se casa com a jornalista maranhense Karina de Andrade Macieira. Em 2001 ingressou no curso de Filosofia da Universidade de São Paulo, porém desistiu ainda no primeiro ano da graduação.

 Concluiu seu segundo doutorado em 2002 com uma tese intitulada "Pierre Bourdieu e o Campo da Comunicação". No mesmo ano de 2002 ele passou no concurso para Professor de Ética e Legislação em Relações Públicas e Turismo pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) e, em 2003, participou da fundação da Escola Pessimista de Peruíbe juntamentre com o filósofo Arthur Meucci, o psicólogo social Felipe Tavares Paes Lopes, o jornalista e cientista político Sérgio Praça e o comunicador social Luis Perez.

Em 2004 inicia sua trajetória como professor conferencista do espaço cultural Casa do Saber, participando desta instituição desde o início de sua criação. Em 2006, sob sua coordenação, Clóvis de Barros Filho consegue criar e aprovar o curso de Mestrado em Comunicação e Práticas de Consumo pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM-SP). Será coordenador deste curso até novembro de 2008, quando pediu para sair da instituição. Em 2007 obtém o título de livre-docente pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo.

Desde 2005 Clóvis de Barros Filho é professor e conferencista através de seu escritório, o Espaço Ética. Desde 2008 faz palestras, escreve artigos e dá entrevistas sobre ética no mundo dos negócios, se tornando referência latinoamericana nesse assunto. Em 2009 foi o curador do Café Filosófico sobre a "Invenção do Contemporâneo" na CPFL/Tv Cultura. Desde 2012 foi nomeado pelo Ministério Público para o cargo de Consultor e Pesquisador de Ética da UNESCO por ponta de seus trabalhos acadêmicos e sociais no campo do consumo na publicidade infantil.

O Que é Ética?
Assista Vídeo-Aulas sobre ética Clicando aqui
A ética faz parte de uma das três grandes áreas da filosofia, mais especificamente , é o estudo da ação - práxis. Ao lado do estudo sobre o "conhecimento" - como a ciência, ou a lógica - e do estudo sobre o "valor" - seja ele artístico, moral, ou científico - o estudo sobre a ação engloba a totalidade do saber e da cultura humana. Está presente no nosso cotidiano o tempo todo, seja nas decisões familiares, políticas, ou no trabalho por exemplo.

A palavra ética tem origem no termo grego ethos, que significava "bom costume", "costume superior", ou "portador de caráter". Impulsionado pelo crescimento da filosofia fora da antiga Grécia o conceito de ethos se proliferou pelas diversas civilizações que mantiveram contato com sua cultura. A contribuição mais relevante se deu com os filósofos latinos. Em Roma o termo grego foi traduzido como "mor-morus" que também significava "costume mor" ou "costume superior". É dessa tradução latina que surge a palavra "moral" em português.

No decorrer da história do pensamento a ética se tornou cada vez mais um assunto rico, complexo e abrangente. Com a expansão da filosofia, e em especial o pensamento sobre a ação, foi preciso distinguir os termos ética e moral. No século XX o filósofo espanhol Adolfo Sánches Vásquez cria uma famosa diferenciação entre os dois conceitos. Para ele o termo moral se refere a uma reflexão que a pessoa faz de sua própria ação. Já o termo ética abrange o estudo dos discursos morais, bem como os critérios de escolha para valorar e padronizar as condutas numa família, empresa ou sociedade.

Definir o que é um agir ético, moral, correto ou virtuoso é se inscrever numa disputa social pela definição legítima da boa conduta. Da conduta verdadeira e necessária. Avaliar a melhor maneira de agir pode ser visto de pontos de vista totalmente diversos. Marxistas, liberais, mulçumanos, psicanalistas, jornalistas e políticos agem e valoram as ações de maneira diferente. Porém todos eles lutam pela definição mais legitima de uma "boa ação" ou da "ação correta".

Sem pretensões de impor uma definição legítima sobre a conduta moral, nós, do Espaço Ética, deixaremos os filósofos falarem por eles mesmos. Elencamos o que cada um dos principais pensadores têm a dizer sobre o assunto.
Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.) "Ética a Nicomacos"
A excelência moral se relaciona com as emoções e ações, e somente as emoções e ações voluntárias são louvadas e censuradas, enquanto as involuntárias são perdoadas, e às vezes inspiram piedade; logo, a distinção entre o voluntário e o involuntário parece necessária aos estudiosos da natureza da excelência moral, e será útil também aos legisladores com vistas à atribuição de honrarias e à aplicação de punições. (...)

Mas há algumas dúvidas quanto ás ações praticadas em conseqüência do medo de males maiores com vistas a algum objetivo elevado[1097b] (por exemplo, um tirano que tendo em seu poder os pais e filhos de uma pessoa, desse uma ordem ignóbil a esta, tendo em vista que o não cumprimento acarretasse na morte dos reféns); é discutível se tais ações são involuntárias ou voluntárias. (...) Tais ações, então, são mistas mas se assemelham mais as voluntárias, pois são objeto de escolha no momento de serem praticadas, e a finalidade de uma ação varia de acordo com a oportunidade, de tal forma que as palavras "voluntário" e "involuntário" devem ser usadas com referência ao momento da ação; com efeito, nos atos em questão as pessoas agem voluntariamente, portanto são voluntárias, embora talvez sejam involuntárias de maneira geral, pois ninguém escolheria qualquer destes atos por si mesmos.
Immanuel Kant (1724-1804)  "Fundamentação da Metafísica dos Costumes"
Neste mundo, e se houver um fora dele, nada é possível pensar eu que possa ser considerado como bom sem limitação, a não ser uma só coisa: uma boa vontade. Discernimento, argúcia de espírito, capacidade de julgar, e como quer que possam chamar-se os demais talentos do espírito, ou ainda coragem, decisão constância de propósito, como qualidades do temperamento, são sem dúvida, a muitos respeitos, coisas boas e desejáveis; mas também podem tornar-se extremamente más e prejudiciais se a vontade, que haja de fazer uso destes dons naturais, constituintes do caráter, não for boa.
(...)
Na constituição natural de um ser organizado para a vida, admitimos, por princípio, que nele não haja nenhum órgão destinado à realização de um fim que não seja o mais adequado e adaptado a este fim. Ora, se num ser dotado de razão e de vontade a natureza tivesse por finalidade última sua conservação, seu bem-estar ou, em uma palavra, sua felicidade, ela teria se equivocado ao escolher a razão para alcançá-la. Isto porque, todas as ações que este ser deverá realizar nesse sentido, bem como a regra completa de sua conduta, ser-lhe-iam indicadas com muito maior precisão pelo instinto.
(...)
Uma vez que despojei a vontade de todos os estímulos que lhe poderiam advir da obediência a qualquer lei, nada mais resta do que a conformidade a uma lei universal das ações em geral que possam servir de único princípio à vontade, isto é: devo proceder sempre da mesma maneira que eu possa querer também que a minha máxima se torne uma lei universal. Aqui é pois a simples conformidade a lei em geral, o que serve de princípio à vontade, o também o que tem de lhe servir de princípio, para que o dever não seja por toda parte uma vã ilusão e um conceito quimérico.; e com isto está perfeitamente de acordo com a comum ação humana nos seus juízos práticos e também sempre diante dos olhos este princípio.
Jeremy Bentham (1748 - 1832) "Uma Introdução aos Princípios da Moral"
Pode-se dizer que uma pessoa é partidária de uma ética utilitarista quando afirma que a aprovação ou desaprovação de alguma conduta foi determinada pela tendência de tal conduta a aumentar ou diminuir a felicidade da comunidade e a sua própria.

Augusto Comte (1798-1875) "Catecismo Positivista" NOVO
Sacerdote: - É verdade que o positivismo não reconhece a ninguém outro direito senão o de sempre cumprir seu dever. Em termos mais corretos, nossa religião (positivista) impõe a todos a obrigação de ajudar cada um a preencher sua própria função. A noção de direito deve desaparecer do campo político, como a noção de causa do campo filosófico. Porque ambas se reportam a vontades indiscutíveis. Assim, quaisquer direitos supõem necessariamente uma fonte sobrenatural, única que pode subtraí-los á discussão humana. (...)

O positivismo não admite nunca senão deveres de todos em relação a todos. Porque seu ponto de vista sempre social não pode comportar nenhuma noção de direito, constantemente fundada na individualidade.  Em que fundamento humano deveria, pois, se assentar a idéia de direito, que suporia racionalmente uma eficácia prévia? Quaisquer que sejam nossos esforços, a mais longa vida bem empregada não nos permitirá nunca devolver senão uma porção imperceptível do que recebemos. Não seria senão, contudo, só depois de uma restituição completa que estaríamos dignamente autorizados a reclamar a reciprocidade de novos serviços. Todo direito humano é, pois, tão absurdo quanto imoral. Posto que não há mais direitos divinos, esta noção deve se apagar completamente, como puramente relativa ao regime preliminar, e diretamente incompatível com o estado final, que só admite deveres segundo as funções.

Simone de Beauvoir (1909 - 1986) "Moral da Ambigüidade"
Existir é fazer-se carência de ser, é lançar-se no mundo: pode-se considerar como sub-humano os que se ocupam em paralisar esse movimento original; eles têm olhos e ouvidos, mas fazem-se desde a infância cegos e surdos, sem desejo. Essa apatia demonstra um medo fundamental diante da existência, diante dos riscos e da tensão que ela implica; o sub-homem recusa essa paixão que é a sua condição de homem, o dilaceramento e o fracasso deste impulso em direção do ser que nunca alcança seu fim; mas com isso, é a existência mesma que ele recusa.
(...) A má-fé do homem sério provém de que ele é obrigado, sem cessar, a renovar a renegação dessa liberdade. Ele escolhe viver num mundo infantil, mas à criança, os valores são realmente dados. O homem sério deve mascarar esse movimento através do qual se dá os valores, tal como a mitômana, que lendo uma carta de amor, finge esquecer que essa lhe foi enviada por si mesma.

* Esta lista de textos filosóficos sobre ética será atualizada periodicamente. Esta seção  é editada por  Arthur Meucci e, como todo espaço no portal, aceita sugestões. Todo mês traremos um autor novo, e, semanalmente, incluiremos textos e livros filosóficos na seção Suporte Filosófico
Agropec 2012 -19/09 -
 Palestra realizada por Clóvis de Barros Filho- 58min.

 Prof.Clóvis de Barros Filho- Palestra BH - UNIMED - 130 min.


 Prof.Clóvis de Barros Filho- Palestra BH - UNIMED- 55min.

TV  BRASIL - SEM CENSURA - 18min.

 
Profunda Jornada ao Auto Conhecimento - 45min.
?
Prof.Clóvis Barros - 
Filosofia - Conceito de Justiça - 4/9 -15min.
A Crise de Consciência e os Valores Morais - 61min.
?
 
 Ética - Prof. Clóvis Barros - 9min.


unesco
Clóvis de Barros Filho
 Advogado, jornalista e professor universitário.
Possui graduação em Direito pela USP (1986), graduação em Jornalismo pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero (1985), mestrado em Science Politique - Université de Paris III (Sorbonne-Nouvelle) (1990) e doutorado em Ciências da Comunicação pela USP (2002). Obteve a Livre-Docência pela Escola de Comunicações e Artes da USP (2007). Atualmente é professor livre-docente da Escola de Comunicações e Artes da USP.

Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Teoria e Ética do Jornalismo, e Teoria e Ética da Publicidade atuando principalmente nos seguintes temas: ética, comunicação, habitus, jornalismo e publicidade.

É coautor de A vida que vale a pena ser vivida (em parceria com Arthur Meucci, Vozes), O habitus na comunicação (em parceria com Luís Mauro Sá Martino, Paulus), Comunicação do Eu: ética e solidão (em parceria com Felipe Lopes e Bernardo Issler, Vozes); organizador de Ética e Comunicação Organizacional (Ed. Paulus); Comunicação na Pólis (Vozes) e autor de Ética na Comunicação (Ed. Summus).
UCRH21 
 UCRH21·59 vídeos -Wikipédia-http://www.espacoetica.com.br/noticias
  Notícias Agrícolas
Notícias Agrícolas·16.821 vídeos
http://casadosaber.com.br/sp/professores/clovis-de-barros-filho.html
Publicado em 21/03/2012-Licença padrão do YouTube

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