segunda-feira, 16 de maio de 2011

HENRI BERGSON - Ana Lúcia Santana



O filósofo e diplomata francês Henri-Louis Bergson nasceu em Paris, no dia 18 de outubro de 1859, fruto da união de pais judeus, a mãe de procedência inglesa e o pai polonês. Apesar de ter vivido algum tempo na cidade de Londres, ele voltou para Paris aos nove anos, aí assumindo a cidadania francesa. 

Sua educação foi realizada na França, e neste país ele se licenciou em Letras, apesar de seu incrível talento para as disciplinas científicas. Em 1881 ele inicia o magistério, lecionando em Angers e, posteriormente, em Clermont, até regressar para sua terra natal em 1889. Na cidade-luz ele ministra aulas no Liceu Henri 4º, na École Normale Supérieure e no Collège de France, no qual ele ingressa depois de se doutorar em Letras pela Universidade de Paris, defendendo tese sobre o filósofo Aristóteles. Neste Colégio suas aulas são disputadas, seu trabalho conquista um sucesso nunca antes igualado.
A partir de 1901 ele passa a integrar o Instituto de França, tornando-se membro da Academia Francesa em 1914. 

Famoso especialmente pela publicação de suas obras Matière et mémoire, de 1896, e L’Évolution créatrice, lançada em 1907, investigada até hoje nas mais distintas esferas, no cinema, na literatura, na neuropsicologia, entre outras mais, ele obtém em 1927 o Prêmio Nobel de Literatura. Um reumatismo crônico, que depois de 1925 passa a deformar seu corpo, o impede de receber esta premiação em Estocolmo. 

Este pensador defende idéias fundamentais para o desenvolvimento da filosofia moderna, as quais são amplamente absorvidas por todos, assumindo assim um caráter popular sem precedentes, quando Bergson ainda se encontrava vivo.

Ele sobrepõe seu ponto de vista biológico à tradicional concepção materialista da Ciência e da Metafísica, encerrando desta forma o reinado da visão de Descartes. 

Seus conceitos estão perfeitamente sintonizados com o Positivismo vigente no século XIX e com o processo de espiritualização em voga na França, com os quais tenta empreender uma síntese dialética, distinta, porém, da de Hegel, procurando assim transcender o ideal positivista. 

No ápice do desenvolvimento científico, 
este filósofo atinge o cerne da polêmica interação
entre a Ciência e o conhecimento metafísico, 
ou seja, entre a realidade do organismo físico 
e a existência social e mental.

Ele batiza sua metafísica pessoal de ‘positiva’, atribuindo a esta expressão um sentido único, semelhante ao que concede à concepção de ‘dado imediato’, e gera um novo modelo de pensamento. 

O desejo de Bergson é inserir
nas esferas das Ciências Humanas e da Religião 
os elementos positivistas, utilizando para isso
uma ferramenta essencial, a evolução.

Ele defende que a realidade vivenciada pelo Homem é a duração real, a qual se desenrola na consciência, neste cenário em que se conectam a experiência e a intuição, esta representando o núcleo central da vivência genuína, a ação intensa que define a durabilidade do real. 

Segundo este pensador, 

o ser humano tem o poder de transcender
a esfera do inteligível, preservando o ímpeto criativo
para assim vencer a face paralisante da moral 
e da religião, até exceder os limites 
do que ele chama de élan vital, o estímulo vital 
que provém de Deus, 
se não é ele mesmo a própria divindade. 

Bergson defende, assim, quatro conceitos básicos, a ‘intuição’, a ‘durée’, a memória e o élan vital, aqui descritos sucintamente. 

Henri Bergson morre no dia 4 de janeiro de 1941, em Paris, ao longo da ocupação nazista na França, depois de se converter ao catolicismo.
Fonte:
InfoEscola
http://www.infoescola.com/biografias/henri-bergson/

Sejam felizes todos os seres. Vivam em paz todos os seres.

Sejam abençoados todos os seres.

Nenhum comentário:

Postar um comentário